quarta-feira, 31 de julho de 2013

VIDEOS DE HINOS EVANGÉLICOS. SÓ HINOS EDIFICANTES























ROSE NASCIMENTO, ESSE HINO É MUITO LINDO SEU NOME É JÓ.


ESSE HINO É MUITO BOM, SÓ BENÇÃO, DEUS ESTA CONTIGO.



GUERRA DE JOSAFÁ , MUITO LINDO ESSE HINO , OUÇAM E SEJA EDIFICADO POR DEUS.

É ELE , ELIÃ OLIVEIRA, SÓ VITÓRIA , DEUS É TREMENDO, SÓ ELE PODE MUDAR A SUA HISTÓRIA.

DEUS TEM UMA NOVA HISTÓRIA NA SUA VIDA, OUÇA ESSE HINO É MUITO BOM..


ALICE MACIEL , A VITÓRIA DE ANA , MUITO LINDO ESSE HINO.



A PRESENÇA DE DEUS É MARAVILHOSA, SÓ PENTECOSTAL, SINTA A PRESENÇA DE DEUS NA SUA VIDA AI...

COMENTÁRIO DO LIVRO ,FILIPENSES A HUMILDADE DE CRISTO COMO EXEMPLO PARA IGREJA LIÇÃO 5





























Desenvolvendo a Salvação Recebida
Filipenses 2.12-18
A salvação é obra de Deus e a sua manutenção é nossa e do Espírito Santo.
De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão. E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo. (Fp 2.12-18)
A salvação é perfeita juridicamente em relação ao que Cristo fez no Calvário ao pagar a pena do nosso pecado. Porém, ela é dinâmica e progressiva no que se refere a mantê-la através da santidade de vida. A consumação de nossa salvação está na dependência de Deus. Por isso, a salvação, quanto ao ato penal, é perfeita e completa, mas quanto a sua preservação é condicional. Pode-se perder a salvação, caso não seja preservada através de uma vida santa e dedicada ao Senhor. A obediência ao evangelho de Cristo é um modo de garantir a salvação.
A partir da escritura do versículo 12, o apóstolo Paulo expressa o sentimento do seu coração no sentido de que a obediência dos filipenses não dependesse da sua presença física em Filipos. O apóstolo deseja que os filipenses entendam que a salvação é dinâmica, ativa e contínua, no sentido de que cada cristão deve procurar desenvolver sua vida cristã em santidade e obediência. Quando ele exorta, dizendo: “operai a vossa salvação”, não está ensinando, em absoluto, uma salvação pelas obras. O versículo 13 esclarece bem essa questão: “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar”.
A doutrina da Salvação ganha espaço nos pensamentos do apóstolo Paulo no texto em destaque. Paulo refuta a ideia de uma salvação estática ou elitista, baseada apenas no direito divino de eleger a quem Ele quer, dos calvinistas. Esta última ideia entende que o eleito não corre o risco de perder sua salvação. Porém, o texto apresenta a obra da salvação de modo dinâmico. O que dá importância a este pensamento é a forma plural do verbo operar ou do verbo desenvolver. Na ARC temos o imperativo “operai”, e na ARA temos o mesmo imperativo “desenvolvei”. Isso não sugere que a obra justificadora de uma pessoa diante de Deus precise de alguma obra complementar, como se estivesse incompleta a obra que Jesus fez por todos os pecadores. O verbo dá um sentido dinâmico à salvação.
Como podemos entender a obra de salvação como doutrina? Paulo entendeu e ensinou a doutrina dimensionando-a em três tempos distintos: a obra no passado com a justificação do pecador mediante sua fé em Cristo; a obra presente da salvação mediante a
Filipenses — A Humildade de Cristo como Exemplo para a Igreja
72
Desenvolvendo a Salvação Recebida
santificação como um processo contínuo e crescente do crente na presença de Deus; e em terceiro lugar, a obra futura da salvação mediante a glorificação, ou seja, o estado de glória conquistado na vida além-túmulo. Ora, o sentido dinâmico da salvação é demonstrado pela forma verbal do verbo “operar”, porque o crente pode crescer em Cristo Jesus (Ef 4.15,16).
Neste ensinamento, o apóstolo Paulo retoma a exortação apostólica e enfatiza a obediência dos filipenses, que também caracterizou Cristo em sua vida terrena. Ele destaca essa virtude da obediência de Cristo demonstrada nos versículos 5 a 11 para que os crentes em Cristo o tivessem como exemplo. Paulo não duvida da obediência dos filipenses, mas fortalece a ideia de que a obediência é o caminho do aperfeiçoamento da salvação recebida. A forma imperativa do verbo “operar” pode ser entendida, por “desenvolver”. Desenvolver o quê? A salvação! A salvação que é uma obra dinâmica na vida do crente. Paulo sentia liberdade para falar e exortar aos filipenses, reafirmando sua autoridade apostólica para com eles e estimulando-os a desenvolver a salvação.
O Apelo para Desenvolver a Salvação (2.12)
1. A salvação tem um caráter dinâmico
O texto do versículo 12 diz: “operai a vossa salvação”. O verbo operar sugere a ação de fazer, de movimentar, a salvação recebida. Envolve uma dinâmica de desenvolvimento da nova vida recebida. O princípio que rege o desenvolvimento da salvação é a obediência. Paulo lembra o exemplo maior de obediência de Cristo como um estímulo a que façamos o mesmo. Teologicamente, a salvação tem três tempos distintos na sua operação. O primeiro tempo refere-se à obra da salvação realizada, completa e perfeita no Calvário. E a salvação da pena do pecado que Jesus pagou por todos nós. O segundo tempo da salvação refere-se à dinâmica da salvação que se efetua no dia a dia de forma progressiva. E a salvação do poder do pecado que age em nosso redor e em nossa natureza pecaminosa
73
para que percamos a salvação. O terceiro tempo da salvação é futuro, e se refere à salvação do corpo do pecado, na morte física ou no Arrebatamento da Igreja.
2. A exortação para operar a salvação recebida (2.12)
A doutrina de “uma vez salvo, salvo para sempre” não dá espaço para desenvolver a salvação. Na realidade, ela tem um caráter de estagnação. Porém, o verbo, no imperativo — “operai” da ARC ou “desenvolvei” da ARA — coloca em movimento a vida cristã. A ideia de “uma vez salvo, salvo para sempre” anula a importância da igreja, que existe para “desenvolver” a salvação recebida em Cristo. O imperativo verbal “desenvolvei” tem o sentido de levar a bom termo, ou de completar algo que está por terminar. A obra salvadora realizada é perfeita e completa quanto ao seu aspecto jurídico e penal, porque Cristo cumpriu toda a lei exigida. Porém, essa obra perfeita e completa de Cristo requer, também, ação exterior em termos de atividade espiritual e social na vida comunitária da igreja. A salvação, da parte de Deus, foi operada interiormente pelo mérito da obra do Calvário. Porém, o sentido de “operar a própria salvação” refere-se à demonstração dessa salvação fazendo a obra de Deus e cuidando-se de modo a torná-la firme até o dia final, quando estaremos para sempre com o Senhor.
3. O poder da obediência (v. 12)
O apóstolo Paulo coloca o verbo obedecer no pretérito passado (“obedecestes”) para reforçar o fato de que a obediência é o elemento essencial para manter a salvação recebida. De certo modo, Paulo dá testemunho da obediência dos filipenses quando diz: “sempre obedecestes”. Tratava-se de uma obediência espontânea, não vigiada, quando Paulo estava presente e agora quando ele está ausente. Nesta escritura do versículo 12, o cristão é estimulado a movimentar a sua salvação, no sentido de continuar no caminho da obediência. A obediência dos filipenses aos princípios do evangelho era percebida por Paulo. Mas o apóstolo pede aos filipenses que operem a salvação
Filipenses — A Humildade de Cristo como Exemplo para a Igreja
74
Desenvolvendo a Salvação Recebida
com temor e tremor, no sentido de preservar a riqueza maior de suas vidas. Aprendemos que a soberania divina não anula a responsabilidade humana em manter e preservar a salvação recebida.
O Poder que Dinamiza e Preserva a Salvação Recebida (2.13)
1. O caráter soberano e seletivo de Deus não anula o direito do crente em desenvolver a sua salvação
A ideia de que a salvação tem caráter seletivo em detrimento do direito universal de todas as pessoas em receber a salvação oferecida em Cristo Jesus é inaceitável. Entende-se com clareza que Deus não divide a obra salvadora com o homem, porque o querer e o efetuar são exclusividade dEle. A honra e a glória da nossa salvação pertencem exclusivamente a Deus. A nós compete aceitar a oferta de salvação por Cristo Jesus e reconhecê-lo como único Salvador e Senhor. Pelo contrário, o poder da salvação operado pelo Espírito Santo habilita o crente a desenvolver a sua salvação para ser útil na vida cotidiana da igreja. O Espírito Santo opera a salvação realizando aquilo que a lei mosaica não consegue realizar. O Espírito supre o crente com poder para realizar a obra de Deus (Rm 8.3,4; 2 Co 3.4-6). Nesse sentido, somos cooperadores de Deus porque o Espírito trabalha nos crentes para operarem a salvação.
2. O poder de Deus é a fonte de energia do crente (2.13)
Por si só o crente não tem como desenvolver sua salvação. Ele precisa da energia divina mediante a obra do Espírito Santo, que o torna capaz de agir. Se Satanás opera na vida dos ímpios as obras más (2 Ts 2.9), Deus opera nos crentes em Cristo por meio do Espírito Santo as boas obras (Rm 8.9,14). Na realidade, o crente torna-se instrumento de justiça no mundo corrompido que vivemos e o faz um vencedor. O limite para a manifestação do poder divino na vida do crente é “a sua boa vontade”. A vontade soberana de Deus é a expressão de seus atributos divinos de onipotência e presciência.
75
Se Deus é quem opera e efetua a obra espiritual na vida das pessoas, sabemos, também, que Satanás opera nos filhos das trevas (2 Ts 2.9). No crente, Deus opera por meio do Espírito Santo que habita nele (1 Ts 2.13). O ato de Deus operar em nós significa que Ele nos torna instrumentos em suas mãos para realizar a sua obra na terra.
3. Qual o efeito do poder de Deus no querer e no realizar? (2.13)
A expressão “opera em vós” identifica a obra exclusiva de Deus. E Ele quem opera, quem realiza, quem efetua “tanto o querer como o efetuar”. Essa declaração descreve um propósito de Deus para com os cristãos. Ele efetua nos crentes o querer, a vontade de obedecer e desenvolver a salvação. O “efetuar” ou “o realizar” implica a capacidade que Ele dá para fazer sua obra. E Ele quem nos capacita a realizar mais do que pedimos ou pensamos, como está declarado na Epístola aos Efésios: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Ef 3.20).
4. “... segundo a sua boa vontade” (2.13)
Vários aspectos das manifestações da vontade Deus nos mostram que Ele está em um plano elevado e, para compreendê-lo, precisamos da sua revelação, e não de algum tipo de especulação. Ele revela sua vontade pelas coisas que estão criadas e pela sua Palavra (Rm 1.18,19). Entre os vários tipos da vontade Deus, a Bíblia os denomina como: vontade perfeita (Rm 12.2); boa vontade; agradável vontade de Deus; vontade permissiva de Deus; vontade moral; vontade soberana; etc. Nesta escritura aos filipenses, Paulo falou da ”boa vontade de Deus” (Fp 2.13). A “boa vontade de Deus” diz respeito à “concretização de seus propósitos soberanos e graciosos para com os homens, na redenção humana, oferecida na pessoa de Cristo. Essa é a vontade de Deus, e esse é o seu beneplácito”, escreveu Russell Norman Champlin em seu comentário no Novo Testamento Interpretado (vol. 5, p. 35).
Filipenses — A Humildade de Cristo como Exemplo para a Igreja
76
Desenvolvendo a Salvação Recebida
A Demonstração da Salvação (2.14-18)
1. A praticabilidade da obediência
A demonstração da salvação recebida está na essência da obediência ao evangelho. Os versículos 12 e 13 indicam que a salvação é desenvolvida por ação efetiva, no sentido de que o cristão ocupa-se em tornar sua salvação um testemunho de fé e obra. Uma vez que os filipenses já tinham recebido a salvação, a obediência a Cristo era demonstrada em ação na comunidade da igreja.
2. A salvação prejudicada por atitudes impróprias (2.14,15)
Essa conduta apontada por Paulo deve ser o fruto do querer e do efetuar do crente de modo positivo. Quaisquer atitudes negativas como “murmurações e contendas” (vv. 14,15) afetam e prejudicam o desenvolvimento da salvação. São dois pecados que agem como ácido que corrói a alma.
“murmurações ’ (v. 14). Na língua grega aparecem os termos gon- gysmos ougongystes, que dão a ideia daquele que rosna, ou seja, significa o ato de rosnar, como o cachorro que rosna. Na verdade, “murmurar” sempre esteve presente com pessoas invejosas e rebeldes (Jo 7.12; At 6.1; 1 Pe 4.9). A murmuração feita pelos israelitas que atravessaram o deserto, sob a liderança de Moisés, e passaram a reclamar e murmurar contra ele, dizendo que jamais deveriam ter saído do Egito (Nm 11.1- 6; 14.1-4; 20.2; 21.4,5) deixando Moisés muito constrangido. Moisés os chamou de “geração perversa e rebelde” (Dt 32.5,20). Os filipenses não eram rebeldes nem murmuradores, por isso, Paulo exorta-os a que fizessem “todas as coisas sem murmurações e contendas”.
“contendas” (v. 14). São aquelas briguinhas e disputas que criam desarmonia. Na língua grega do Novo Testamento, a palavra contendas é dialogismoi, que descreve as disputas e debates inúteis que têm como objetivo criar dúvidas e separações. É o mesmo que dissensões
77
e litígios que muitos cristãos hoje em dia promovem, levando seus irmãos aos tribunais para resolver essas situações (1 Co 6.1-11).
A Salvação Demonstrada por uma Conduta Irrepreensível (2.15-18)
"... irrepreensíveis e sinceros” (v. 15). A palavra “irrepreensível” deriva da palavra grega memptos, que significa “culpado, faltoso”. Porém, quando acrescentado o prefixo “a” ao termo memptos, temos a palavra “amemptos”, que significa “sem culpa, impecável, inculpável, sem precisar repreensão”. Ser irrepreensível significa ser alguém que não precisa passar pela repreensão. Sua conduta é correta e de pureza moral. Significa alguém que sabe controlar a força da carne, porque anda no Espírito (G1 5.16,17). A sinceridade é outra qualidade que corresponde a viver sem a mistura do mal e que é livre do dolo, do engano e da má fé.
"... sinceros” (v. 15). A sinceridade é outra qualidade que corresponde a viver sem a mistura do mal e que é livre do dolo, do engano e da má fé. Existe uma lenda romana para a palavra “sincero”. Os escultores, nos tempos do Império Romano, trabalhavam muito com esculturas de pedra. Porém, quando alguma obra de escultura sofria alguma falha na sua estética exterior, os escultores colocavam “cera” nas falhas. Lixavam a escultura e as falhas não apareciam. Geralmente, as obras expostas nas praças a céu aberto recebiam a força do sol e a cera era derretida, expondo as falhas da escultura. Então, diz a lenda, surgiu a palavra “sincero” que significava “sem cera”, ou seja, a obra tinha que ser perfeita, sem cera. No original grego, akeraios, significa “sem mistura, inocente, inofensivo, simples”. A ideia que Paulo quis passar é a de que o cristão verdadeiro deve ter um caráter puro, sem mistura. Jesus usou a palavra “símplice” quando disse aos seus discípulos: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símpli- ces como as pombas” (Mt 10.16). O apóstolo Paulo escreveu aos
Filipenses — A Humildade de Cristo como Exemplo para a Igreja
78
Desenvolvendo a Salvação Recebida
romanos: “Quanto à vossa obediência, é ela conhecida de todos. Comprazo-me, pois, em vós; e quero que sejais sábios no bem, mas símplices no mal” (Rm 16.19).
“...filhos de Deus inculpáveis” ( v. 15). Por meio de Jesus Cristo, nos tornamos “filhos de Deus” por adoção com todos os direitos de filhos legítimos (G1 4.5). Fazemos parte da família de Deus e, por isso, nossa postura deve ser de filhos sem defeitos ou sem mácula. A ideia de filhos inculpáveis refere-se à origem do termo inculpável nos sacrifícios de animais sem defeito para a expiação dos pecados (Lv 22.21,22). O estado espiritual de “inculpável” tem a ver com o privilégio de ser filho de Deus, dando-lhe a garantia de sua salvação. Antes éramos culpados, mas fomos feitos “filhos de Deus” em Cristo. Ele, Jesus, foi o sacrifício perfeito pelos nossos pecados porque era totalmente sem pecado e sem culpa (1 Pe 1.18,19). Por isso, estamos guardados por Ele no meio de uma geração pervertida, vivendo uma vida sem mácula.
“... retendo a palavra da vida” (v. 16). O sentido de reter é o de preservar a palavra da vida. Qual é a Palavra da vida? Indiscutivelmente, é a Palavra de Deus. O autor da Carta aos Hebreus declarou isso de forma incisiva, dizendo: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). A palavra “preservar” no grego é epechein, usada para oferecer vinho a um convidado ou hóspede em casa. Os filipenses são estimulados pelo apóstolo a oferecer o evangelho de vida abundante, vida eterna. A igreja não deve se esconder nem se isolar do mundo, mas deve mostrar a vida e a luz que existe em um mundo de trevas.
“... ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício” (v. 17). Paulo deu exemplo de abnegação (2.17,18), e essa escritura indica que ele buscou no Antigo Testamento a figura dos sacrifícios,
79
ao usar palavras como “libação”. Ele quis fortalecer a ideia de que valia a pena oferecer sua vida como libação pelos filipenses mediante o “sacrifício e serviço da fé” deles. “Libação” era uma oferta de óleo (azeite puro), ou perfume ou vinho, que era derramado em redor do altar de sacrifício do animal morto para aquele rito. Nesse sentido, ele tinha o gozo do sacrifício em sua alma, porque entendia que valia a pena sofrer pelos cristãos filipenses.
Filipenses — A Humildade de Cristo como Exemplo para a Igreja
80

terça-feira, 30 de julho de 2013

ESBOÇO LIÇÃO 5 , AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO.


ESBOÇO Nº 5
LIÇÃO Nº 5 – AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
O salvo deve ser inculpável no meio de uma geração corrompida e perversa.
INTRODUÇÃO
- Após ter mostrado o exemplo de todo cristão, que é a pessoa de Jesus Cristo, Paulo mostra aos filipenses
que devem ser inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa.
- O cristão não deve “fazer diferença”, mas, sim, ser diferente dos homens sem salvação.
I – O CRISTÃO DEVE SER UMA PESSOA VIRTUOSA
- Depois de ter mostrado como exemplo a pessoa de Jesus Cristo para os crentes de Filipos, o apóstolo Paulo,
como em uma transição para a chamada “parte prática” de sua carta (o que desmonta o argumento de que a
epístola aos filipenses seria uma reunião aleatória de várias cartas que Paulo escrevera para os crentes de
Filipos), após ter descrito qual era o sentimento que havia em Jesus e que deveria estar em cada cristão,
começa a minudenciar o que esperava ver naqueles crentes quando, uma vez mais, retornasse a Filipos, depois
da sua libertação que já lhe fora revelada pelo Espírito Santo.
- Neste segmento de sua carta, em que descreve quais as qualidades que aguardava ver na vida de cada um dos
membros da igreja em Filipos, o ilustre comentarista e o Setor de Educação Cristã da Casa Publicadora das
Assembleias de Deus (CPAD) viram aqui as “virtudes dos salvos em Cristo”.
- Ante esta constatação, devemos, pois, perscrutar o que significa “virtude”. “…Virtude (latim: virtus; em
grego: ἀρετή) é uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar
o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se
de uma verdadeira inclinação.Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer
como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. A virtude, no mais alto grau, é o
conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, é uma
disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeiçoam com o hábito.…” (Virtude. In: WIKIPÉDIA.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Virtude Acesso em 28 maio 2013).
- A definição de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), este grande filósofo grego, revela-nos algo importante, qual
seja, a de que a virtude é uma “disposição adquirida de fazer o bem”, ou seja, não é algo que tenha nascido
com a pessoa, mas que se agrega à personalidade dela consoante a convivência com as demais pessoas.
- Gregório de Nissa (330-395), um dos chamados Pais da Igreja, ou seja, aqueles grandes nomes da Igreja em
seus primeiros séculos depois da era apostólica, “…a virtude é ‘uma disposição habitual e firme para fazer o
bem’, sendo o fim de uma vida virtuosa tornar-se semelhante a Deus…”.
- Quando vemos este entendimento cristão a respeito do que é a virtude, notamos que a virtude, para o ser
humano, vai além de uma perspectiva meramente humana, é mais do que um simples conviver voltado para o
bem neste mundo, mas representa uma força que nos impele a nos assemelharmos cada dia com o Senhor, de
buscarmos a perfeição, o que somente pode advir a partir da obtenção da santidade.3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 2
- Não é por outro motivo que verificamos nas Escrituras Sagradas que a vida virtuosa deve se iniciar com a
salvação na pessoa de Jesus Cristo, pois, enquanto não temos a salvação, não podemos nos libertar da nossa
natureza pecaminosa e decaída, que herdamos de Adão (Gn.5:3).
- Dominados por esta natureza pecaminosa, que a Bíblia denomina de “carne” (em grego, “sarx” - σάρξ), o
homem, ainda que queira fazer o bem, não consegue fazê-lo (Rm.7:14-24), pois se encontra sob o domínio do
pecado, escravizado por ele (Gn.4:7; Jo.8:34).
- Quando, porém, alcançamos a salvação na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, passamos a ser morada de
Deus (Jo.14:17,23) e o Senhor infunde em nós, de pronto, três virtudes, três disposições para fazer o bem, as
chamadas “virtudes teologais”, a saber: a fé (Ef.2:8), a esperança (II Ts.2:16) e o amor (Rm.5:5). São estas
virtudes que caracterizam o cristão (I Co.13:13).
- Como afirma, de forma muito feliz, o Catecismo da Igreja Romana: “…as virtudes teologais se referem
diretamente a Deus. Dispõem os cristãos a viver em relação com a Santíssima Trindade e têm a Deus
Uno e Trino por origem, motivo e objeto. As virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir
moral do cristão. Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis
para torná-los capazes de agir como Seus filhos e merecer a vida eterna. São o penhor da presença e da ação
do Espírito Santo nas faculdades do ser humano.” (§§ 1812 e 183 CIC).
- Pela fé, dada por Deus através da Palavra (Rm.10:17), cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador,
entregamos-Lhe nossa vida e temos entrada na graça (Rm.5:2). Pela esperança, que nos foi dada pelo ingresso
de Cristo em nosso ser (Cl.1:27), temos uma âncora que nos permite navegar com segurança em meio às
agitações desta vida até chegarmos à glória (Hb.6:18,19). Pelo amor, podemos cumprir tudo quanto o Senhor
nos manda fazer (Jo.14:23), mantendo-nos obedientes até o dia da nossa glorificação, amor este que subsistirá
por toda a eternidade (I Co.13:13).
- Mas, ao lado destas virtudes teologais, existem virtudes humanas, “…atitudes firmes, disposições
estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam nossos atos, ordenando nossas paixões
e guiando-nos segundo a razão e a fé. Propiciam, assim, facilidade, domínio e alegria para levar uma vida
moralmente boa.…” (§ 1804 CIC).
- O exercício destas virtudes humanas, ante a natureza decaída do homem, exige a libertação do pecado,
o que somente se obtém por intermédio de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Jo.8:36). No entanto, o fato
de a libertação do pecado ser imperiosa para que a pessoa possa ter uma vida virtuosa que a leve a se
assemelhar ao Senhor, não significa que as pessoas não possam se habituar a fazer o bem, a demonstrar estas
virtudes humanas, pois elas resultam da própria condição do homem de ser imagem e semelhança de Deus.
- Paulo nos mostra, em sua carta aos romanos, que os homens são capazes de saber o que é o bem (Rm.2:1-
16), esforçam-se em fazê-lo, embora, sem Cristo, sucumbam sempre no pecado (Rm.7:14-24), o que não
significa que não reconheçam quais sejam as virtudes, os bons hábitos que devem ser perseguidos e
praticados.
- O próprio Jesus admitiu que, mesmo sendo pessoas más, nós somos capazes de fazer coisas boas (Mt.7:11), a
mostrar que é possível habituar-se a fazer o bem, mediante o exercício das virtudes meramente humanas,
embora tal prática não tenha o condão de libertar o homem do pecado, algo que somente a salvação em Cristo
pode proporcionar.
- No entanto, uma vez obtida a salvação em Cristo Jesus e recebidas as chamadas “virtudes teologais”, é
inevitável que o homem, neste processo de salvação, se aproxime a cada dia de Deus, por meio da
santificação, crescendo na graça e conhecimento de Cristo (II Pe.3:18), submetendo-se a um contínuo
aperfeiçoamento (Ef.4:12).3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 3
- A vida cristã tem como objetivo fazer com que “Cristo seja formado em nós” (Gl.4:19), levar-nos à
“medida da estatura completa de Cristo” (Ef.4:13) e, para tanto, além dos dons ministeriais que o Senhor Jesus
põe em Sua Igreja para que alcancemos tal crescimento, torna-se absolutamente indispensável que vivamos em
contínua santificação (Ap.22:11).
- Por isso, a Palavra de Deus ensina-nos que todo verdadeiro e genuíno cristão pratica boas obras (Mt.5:16;
Tg.2:14-18), boas obras que fazem com que cada cristão seja uma pessoa virtuosa, um verdadeiro “cristão”, ou
seja, um “pequeno Cristo”, pois Jesus, enquanto neste mundo, jamais cessou de fazer o bem (At.10:38).
- Por isso, o próprio Paulo, na continuidade desta carta aos filipenses, diz àqueles crentes que eles devem ter
sua mente voltada para tudo aquilo que tem alguma virtude (Fp.4:8), pois, como ensina Pedro, tendo o cristão
escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo e sido feito participante da natureza divina (II
Pe.1:4), deve acrescentar à fé, a virtude (II Pe.1:5), pois o Seu divino poder nos deu tudoo que diz respeito à
vida e piedade e, deste modo, fomos chamados para a Sua glória e virtude (II Pe.1:3), ou seja, ao imitarmos o
Senhor, teremos, necessariamente, de ter uma vida virtuosa sobre esta Terra.
OBS: Observemos, por importante, que a palavra “virtude” no sentido em que estamos a falar aqui, ou seja, como tradução da palavra grega
“areté”, somente aparece três vezes em o Novo Testamento, precisamente em Fp.4:8 e II Pe.1:3,5 na Versão Almeida Revista e Corrigida. Nas
outras passagens, onde encontramos a palavra “virtude”, temos a tradução da palavra grega “dynamis”, que significa “poder”, como, v.g., em
Mc.5:30; Lc.1:17; 4:14; At.1:8; 10:38; Rm.15:13; I Co.4:19, entre outras passagens.
II – A OBEDIÊNCIA DOS CRENTES DE FILIPOS
- Paulo, após ter feito a descrição do sentimento que houve em Cristo Jesus, para que os crentes de Filipos
seguissem este mesmo exemplo, faz um apelo a eles no sentido de que fossem obedientes, não só na presença
do apóstolo, mas, também, em sua ausência e que “operassem a salvação com temor e tremor” (Fp.2:12).
- A primeira observação que devemos aqui fazer é que Paulo trata os crentes de Filipos como “meus
amados”. O apóstolo revela, assim, possuir a mais importante das virtudes teologais, qual seja, o amor, amor
que se traduz não só por amor a Deus mas, mais do que isto, na posse do amor de Deus que nos faz amar a
todos os demais seres humanos.
- Paulo amava os filipenses e, por isso, queria que eles tivessem uma vida moral ilibada, uma vida
virtuosa. O verdadeiro amor, portanto, não se apresenta, como o mundo quer nos fazer crer, numa atitude de
simples e mero respeito pela opção de vida tomada pelo próximo, mas, sim, numa atitude que procura levar a
verdade e a salvação para o próximo.
- Não podemos ser indiferentes aos outros, como querem os homens sem Deus nem salvação que nós sejamos
em nossa vida dita religiosa. O amor de Deus que está em nossos corações leva-nos, sim, a evangelizar, a dizer
aos outros que precisam crer em Cristo Jesus para alcançarem a salvação de suas vidas, para terem a vida
eterna.
- A alegação, que vemos muito em nossos dias e que, pasmem todos, já conquistou a mente de muitos que
cristãos se dizem ser, de que a vida religiosa deve ser exercida de modo particular, de que a divulgação da
nossa fé aos outros, o chamado “proselitismo religioso” é algo desrespeitoso, não merece qualquer guarida na
vida de um cristão genuíno, autêntico e verdadeiro.
- É evidente que a divulgação do Evangelho não significa uma imposição, mas, sim, uma proposição, ou seja,
nós iremos pregar o Evangelho não para impor a doutrina aos homens, mas para lhes propor o caminho da
salvação. Somos servos de Deus e, como tal, temos de, a exemplo do Criador, respeitar o livre-arbítrio das
pessoas.3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 4
- No entanto, não podemos, de forma alguma, reservar esta fé e esta notícia da salvação às quatro paredes de
nossos templos ou a nossos lares, pois isto não é assunto que deva ficar restrito aos que já foram alcançados
pela salvação. A igreja não é um “clube fechado”, mas uma agência de salvação. Se realmente amamos o
próximo, se temos o amor de Deus, devemos, a exemplo de Paulo, querer que os homens não só sejam salvos,
mas que cresçam espiritualmente, se santifiquem e alcancem uma vida virtuosa. Temos agido desta maneira?
- Paulo, como amava os filipenses, queria que eles obedecessem ao Senhor, não só na presença do
apóstolo, mas, muito mais, na sua ausência, ausência que já se fazia prolongada por causa da sua prisão.
- Com relação aos crentes de Filipos, aliás, o apóstolo dá testemunho de que eles estavam a obedecer tanto na
sua presença, quanto na sua ausência, algo, aliás, que não se verificara na igreja em Corinto (II Co.13:10).
- Assim, há igrejas em que, na ausência do ministro, do pai na fé, comportam-se de uma maneira diversa da
quando ele se faz presente. Lamentavelmente, ha igrejas locais, departamentos e grupos que fazem jus ao
provérbio inglês “when the cat ist away, the mice play”, ou seja, “quando o gato está fora, os ratos fazem a
festa”. Será que temos nos comportado desta forma, amados irmãos?
- O apóstolo é bem claro ao afirmar que a obediência devida é a Deus e, como Deus sempre está presente, não
podemos condicionar nossa vida à presença, ou ausência, das lideranças. Este não é um comportamento digno
de quem quer entrar nos céus. Como temos agido, amados irmãos? Pensemos nisto!
- Mas, além da obediência, que o apóstolo já sabia haver entre os crentes de Filipos, havia um outro pedido,
que era fundamental para que se tivesse uma vida virtuosa, uma vida que repetisse o exemplo de Cristo Jesus,
que tivesse o mesmo sentimento que houvera em Nosso Senhor durante o Seu ministério terreno. Era
fundamental que os crentes de Filipos “operassem sua salvação com temor e tremor”.
- O significado de “operar” aqui, que a Nova Versão Internacional traduz como “pôr em ação” e Tradução da
CNBB por “realizar”, é o de “produzir”, “conseguir”, “atingir”. “…Paulo mostra que realmente pomos em
funcionamento a nossa salvação, em termos não-legalistas. (…). O processo (do princípio ao fim, da
conversão à glorificação), na realidade terá de ser efetuado mediante o exercício da vontade humana, que
‘acolhe e encoraja’ a vontade divina, para que esta opere.(…). Desenvolvemos nossa salvação porque cada
avanço na espiritualidade é realizado por nós, na medida em que vamos cooperando com o poder divino.
Nenhum avanço pode ser atingido sem essa cooperação.(.). A essência desta ideia é a de que ‘somos
responsáveis’ por cada passado de nossa salvação, incluindo a conversão (quando nos achegamos a Cristo), a
santificação (quando permitimos que o Seu Espírito nos torne santos) e as boas obras (quando pomos em
prática a lei do amor)…” (CHAMPLIN, R.N. Novo Testamento interpretado versículo por versículo, v.5,
pp.33-4).
- Vemos, pois, que “operar a salvação com temor e tremor” nada mais é que viver uma vida virtuosa,
deixar aflorar em nossa vida as “virtudes teologais” que, unidas às “virtudes humanas”, possam fazer com que
sejam pessoas que praticam boas obras, que sejam “homens e mulheres de bem”, cujo testemunho possa fazer
com que as pessoas glorifiquem a nosso Pai que está nos céus (Mt.5:16).
- “Temor e tremor” é expressão que tem o significado, segundo os estudiosos do grego do Novo Testamento,
da “ansiedade de alguém que, não confiando em suas próprias habilidades, faz o melhor de si para cumprir os
seus deveres religiosos” (Strong 5156 apud Bible Works). Como explica Weadlaw, citado por Russell Norman
Champlin: “ ‘…temor, autodesconfiança, consciência sensível, vigilância contra a tentação; uma inspiração
que se opõe à altivez de espírito, o cuidado para que se não caia, constante apreensão ante o fato de que o
coração é tão enganoso, o temor devido ao poder insidioso da corrupção no íntimo.’…”. E acresce o próprio
Champlin: “ …Um respeito são é aqui recomendado, e até mesmo o temor, no sentido ordinário do termo,
porquanto o nosso Senhor é o Rei dos reis.…’ (Novo Testamento interpretado versículo por versículo, v.5,
p.34).3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 5
- ‘Temor e tremor” é uma expressão que nos mostra que, em nossa vida cristã, devemos reconhecer o senhorio
de Cristo não somente sobre as nossas vidas, mas sobre todo o Universo, sabendo que devemos-Lhe obedecer
não por medo, mas por tendo bem ciência de que todo joelho se dobrará a Ele e que horrenda coisa é cair nas
mãos do Deus vivo (Hb.10:31).
- Paulo queria que os crentes de Filipos jamais se esquecessem de que estavam a servir ao Rei dos reis, ao
Senhor dos senhores, que a vida cristã não é uma brincadeira, um mero exercício religioso, mas algo que nos
garante a nossa eternidade com Aquele que está sobre todo o nome.
- Esta seriedade da nossa posição diante de Cristo tem sido negligenciada por alguns em nossos dias. Muitos
estão a “brincar de ser crentes”, a levar uma vida espiritual frívola e superficial. A reduzir a vida com Cristo a
uma mera ocasião social, nos domingos à noite, onde, aliás, infelizmente, em muitos casos, não há sequer um
encontro com o Senhor Jesus, mas uma mera sessão teatral, um mero instante de entretenimento e de alívio
emocional enganoso e ilusório.
- O proverbista diz que assim como o louco que lança de si faíscas, flechas e mortandades, é o homem que
engana o seu próximo e diz que o fez por brincadeira (Pv.26:18,19). Como, então, qualificar alguém que
procura enganar ao Senhor, que tem uma vida espiritual dúplice e claudicante? Muito mais do que louco!
- Paulo mostra aos filipenses a seriedade da vida cristã e a necessidade de sermos obedientes ao Senhor em
todo o tempo, incondicionalmente, independentemente das circunstâncias. Esta noção tem faltado a muitos
que, tendo má compreensão do que seja o amor e a graça de Deus, acham que podem “brincar com o pecado”,
podem ter uma vida irresponsável diante do Senhor.
- Temos de ser obedientes a Deus, submissos a Ele, em todo o tempo, com todo o coração, é o que nos ensina
o apóstolo Paulo nesta sua recomendação aos crentes de Filipos.
- Neste sentido, podemos até dizer que nos falta aqui uma certa noção que vem do islamismo. Aliás, a palavra
“islão” já significa “submissão” e é nesta atitude que se encontra a essência do relacionamento com Deus
segundo os muçulmanos. Verdade é que não é esta toda a realidade que Deus Se revelou aos homens na Bíblia
Sagrada, mas este lado tem sido indevidamente negligenciado por muitos que cristãos se dizem ser na
atualidade.
- Devemos realizar a nossa salvação com “temor e tremor”, ou seja, reconhecendo a soberania de Cristo e
sabendo que precisamos nos dedicar totalmente a fazer a Sua vontade, mesmo que isto represente um
verdadeiro “terremoto” em nossa maneira de viver.
- Nesta mudança completa em nossos hábitos, não podemos confiar em nós mesmos, mas, sim, em Deus, que
“opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Fp.2:13).
- Transformados pela salvação em Cristo Jesus, sendo “novas criaturas” (II Co.5:17; Gl.6:15), temos de ter a
convicção de que não somos mais quem vivemos, mas é Cristo que vive em nós (Gl.2:20) e, desta forma, não
há porque temermos as mudanças que sobrevirão em nossas vidas, pois não só passaremos a querer o que
Deus quer, mas cumpriremos a Sua vontade.
- Deus opera em nós tanto o querer como o efetuar, pois, em Deus, o desejo já é uma realidade. Encontra-se
aqui, aliás, uma grande diferença entre Deus e o homem. Enquanto em Deus, o querer já é o efetuar, no ser
humano há uma distância entre a vontade e a realidade, distância esta que nos faz entender quanto devemos
depender de Deus.
- Quando nos esforçamos em obedecer ao Senhor, em nos aproximar d’Ele, em buscar a sua presença, em
termos cada vez mais intimidade com o Senhor, Ele passa a efetuar em nós o Seu querer, de modo que a nossa
salvação é desenvolvida, é realizada, caminhamos cada dia em direção ao Senhor.3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 6
- A realidade da nossa vida cristã deve ser tal que devemos repetir as palavras do poeta sacro: “A cada passo
que eu dou na vida é um degrau a mais que subo ao céu. Em Cristo, tenho a melhor guarida e da morte não
temo labéu. A cada passo vou me aproximando daquele lar que Cristo prometeu e, passo a passo, sigo
caminhando, a cada instante mais perto de Deus”. É esta a nossa vida?
III – A VIDA VIRTUOSA QUE PAULO DESEJAVA AOS CRENTES DE FILIPOS
- Após ter reconhecido a obediência dos crentes de Filipos e, de igual modo, recomendado aos seus amados
irmãos em Cristo que desenvolvessem a sua salvação com temor e tremor, o apóstolo, partindo do exemplo de
Cristo Jesus, diz, concretamente, o que esperava ver na vida dos crentes filipenses quando chegasse a vê-los
novamente.
- A vida virtuosa desejada pelo apóstolo Paulo aos filipenses começava com uma vida ausente de
murmurações e contendas (Fp.2:14): “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”.
- Temos aqui dois componentes que impedem as pessoas de “a cada passo caminhar rumo ao céu”. A primeira
delas é a murmuração, elemento que, inclusive, impediu o povo da geração do êxodo de ingressar na Terra
Prometida (Nm.14:27-38).
- “Murmuração”, diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa “ato ou efeito de murmurar;
murmúrio; rumor infundado; boato; falatório depreciativo; detração; maledicência”. Vem do latim
“murmuratio, onis”, que significa “descontentamento”. Esta palavra, por sua vez, vem da raiz “mu”, que vem
do grego “mu”, que é uma onomatopeia, a reprodução do grunhido de um cão, de um gemido de dor.
- No Antigo Testamento, a palavra hebraica é “tawlunah” (תלונה) ou “talunah” (תלנה), que tem exatamente o
significado já mencionado no dicionário da língua portuguesa, sendo que, em o Novo Testamento, a palavra
grega é “gongusmós” (γογγυσμός), que também tem o mesmo sentido já aludido.
OBS: Em I Pe.2:1, a palavra traduzida por “murmurações” na Versão Almeida Revista e Corrigida é “katalalia”, cujo significado mais preciso é o
de “maledicência”, tanto que é esta a palavra utilizada na Nova Versão Internacional, na Bíblia de Jerusalém e na Versão Almeida Revista e
Atualizada.
- Percebemos, por primeiro, pois, que a “murmuração” é um falar que nos aproxima da irracionalidade,
pois se trata de um gemido de dor, de um grunhido de cão, ou seja, algo decorrente do instinto, algo que não é
necessariamente pensado e que decorre de uma situação de desagrado, de infelicidade. É, como diz o
Comentário VINE, de “dizer algo em tom baixo”, “queixar-se com indignação”.
- Notamos, portanto, que a “murmuração” é uma atitude que nasce de um desagrado, de uma situação
emocional adversa, em que a pessoa age por instinto, sem pensar naquilo que está a fazer. É uma ação de
quem se deixa levar instintivamente, ou seja, pela “carne”, pela natureza pecaminosa.
- Bem se vê, pois, que a “murmuração” não tem guarida em um ser que é guiado pelo Espírito Santo,
que não mais anda segundo a carne, mas pelo Espírito (Rm.8:1). É atitude de quem é sensual, ou seja, que se
guia pelos instintos, e que, portanto, não tem o Espírito (Jd.19).
- Quando vemos o povo de Israel murmurando na caminhada para a Terra Prometida, bem percebemos que
isto se dava porque eles eram movidos pelas necessidades imediatas que estavam a passar (fome, sede,
desejos), necessidades que os faziam desconsiderar a Deus e a todas as maravilhas que o Senhor estava a
operar no meio do povo.
- Na murmuração, ainda que “à boca pequena” (numa clara demonstração de que há a noção da soberania
divina), o ser humano mostra o Seu desagrado para com Deus, revela, assim, uma falta de temor e de tremor,
precisamente o que o apóstolo recomendara para os filipenses.3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 7
- O problema maior, em torno da murmuração, é que ela se espalha no meio do povo, é uma verdadeira
praga, que a todos contamina e faz com que a situação se torne de rebelião contra o próprio Deus (Ex.16:7;
Nm.14:27; 17:10).
- Quem murmura deixa de ser guiado pelo Espírito Santo e começa a andar segundo a carne e, por
conseguinte, corre sério risco de morrer espiritualmente, “…porque a inclinação da carne é morte (…) a
inclinação da carne é inimizade contra Deus (…) os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm.8:6-
8).
- Quando Paulo diz aos filipenses que nada fizessem por “murmuração”, estava a pedir-lhes que não
permitissem que se deixassem levar pela carne e, assim, deixassem de servir ao Senhor. Escrevendo aos
coríntios, Paulo bem claro ao mandar que os salvos não murmurassem, para que não pereçamos, a exemplo da
geração do êxodo, pelo destruidor (I Co.10:10).
- Quantos que não estão a fazer aquilo que Paulo recomendou expressamente que os filipenses não fizessem?
Quantos que não param de murmurar e de reclamar, dando vazão à carne e comprometendo a sua salvação?
Tomemos cuidado, amados irmãos!
- O apóstolo também recomenda que os filipenses nada fizessem por contenda, expressão que não haveremos
aqui de minudenciar, pois já tratamos deste assunto na lição anterior, quando vimos que a contenda,
igualmente uma obra da carne, é um subproduto da soberba e da perversão.
- Somente fazendo as coisas sem murmuração nem contenda, os salvos podem ser irrepreensíveis e
sinceros (Fp.2:15), duas características fundamentais para que um salvo seja, efetivamente, um servo do
Senhor, um filho de Deus.
- “Irrepreensível” é aquele que “não dá margem a repreensão ou censura; sem nenhuma falha; perfeito;
escorreito”. No texto em apreço, a palavra grega empregada é “amemptos” (άμέμπτως), cujo significado é
“sem culpa”, “digno de nenhuma censura”, “livre de falta ou de defeito”.
- Para que os salvos sejam pessoas que não sejam censuradas nem reprovadas seja pelos demais membros em
particular da Igreja, seja pelos incrédulos, é indispensável que tudo seja feita sem murmuração nem contenda.
Quando agimos por humildade, considerando os outros superiores a nós mesmos e aceitamos a vontade de
Deus em nossas vidas, confiando no Senhor e não dando margem aos nossos instintos, temos condição de ser
“irrepreensíveis”.
- O apóstolo deixa-nos aqui a preciosa lição de que a “irrepreensibilidade” não é algo que venha de nós.
Pelo contrário, é uma consequência de nos guiarmos pelo Espírito Santo, de não fazermos a nossa própria
vontade, mas, sempre, de cumprirmos a direção e orientação do Santo Espírito, de podermos cumprir a Sua
vontade.
- Quando agimos pelos nossos instintos, quando resolvemos agir “segundo a nossa cabeça”, certamente damos
margem a que sejamos censurados pela Igreja, certamente damos um passo mais distante do Senhor, ficando à
mercê do destruidor que poderá fazer com que nós pereçamos e não entremos no lar celestial.
- Mas, além de irrepreensíveis, devemos, também, ser sinceros. “Sincero”, segundo o Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa, é aquele “que se exprime sem artifício nem intenção de enganar ou de disfarçar o seu
pensamento ou sentimento; que é dito ou feito de modo franco, isento de dissimulação; em quem se pode
confiar; verdadeiro, leal; que demonstra afeto; cordial.”
- Em Fp.2:15, a palavra grega empregada é “akeraios” (άκέραιος), cujo significado é de “não misturado”,
“puro”, “sem mistura do mal, livre de culpa, inocente, simples”.3º Trimestre de 2013 – Filipenses – a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br
Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0 Página 8
- Quando nada fazemos por murmuração ou contenda, ou seja, quando fazemos o bem de coração, temos o
hábito de fazer bem porque temos as “virtudes teologais” infundidas em nós pelo Espírito Santo, quando os
inclinamos a praticar boas obras, como resultado de um caminhar decidido em direção ao Senhor, somos
“sinceros”, ou seja, “não temos culpa”, “não temos mistura”, não permitimos que o velho homem, o homem
carnal “desça da cruz”, mantemo-nos “crucificados com Cristo” (Gl.2:20) e, deste modo, fazemos tão somente
a vontade do Senhor.
- Não é um processo fácil, porquanto este “velho homem” não desapareceu ainda de nosso interior. Encontrase crucificado com Cristo, mas ainda presente, combatendo contra o nosso espírito (Gl.5:17). Mas, se
alimentarmos o nosso espírito, aproximando-nos cada vez mais do Senhor, buscando a nossa santificação por
meio da meditação nas Escrituras, da oração, do temor a Deus, da digna participação na ceia do Senhor, que
são os mais importantes “meios de santificação”, certamente poderemos ter esta sinceridade que é requerida
aqui pelo apóstolo aos crentes de Filipos.
- Esta irrepreensibilidade e sinceridade do salvo faz com que ele tenha um comportamento
completamente diferente, contrário ao do restante das outras pessoas que não tem a salvação em Cristo Jesus.
Paulo é claro ao dizer que, ante esta irrepreensibilidade e sinceridade, o salvo surge como “filho de Deus
inculpável no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo”
(Fp.2:15).
- Temos aqui, então, uma demonstração cabal de que o salvo é diferente do incrédulo. É luz, enquanto o
mundo está em trevas. Jesus disse que nós somos a luz do mundo (Mt.5:14), luz está que advém do próprio
Cristo, Ele, em sentido próprio, a luz do mundo (Jo.8:12).
- Esta luz, que brilhava por si só enquanto o Senhor Jesus estava no mundo (Jo.9:5), agora é vista mediante o
reflexo advindo da Igreja, do conjunto dos salvos em Cristo Jesus, que, como espelho, refletem a glória do
Filho de Deus (II Co.3:18), fazendo com que os homens glorifiquem ao Pai que está nos céus (Mt.5:16).
- É bem este o sentido que o apóstolo nos indica aqui, pois a palavra “astros” é, no original, a palavra grega
“foster” (φωστήρ), que a Versão Almeida Revista e Atualizada traduziu por “luzeiros”, querendo, com isto,
indicar que se trata de um corpo celeste que não tem luz própria, mas que irradia a luz de outrem. Aliás, F.
Wilbur Gingrich e Frederik W, Danker, em seu Léxico do Novo Testamento Grego/Português, entende que o
melhor significado para esta palavra grega é “esplendor, radiância”.
- Enquanto a geração do mundo é corrompida e perversa, ou seja, se deixou dominar pelo pecado, caminha de
abismo em abismo (Sl.42:7), vivendo perversamente, cada vez mais aprofundada no pecado, os “filhos de
Deus” exsurgem como “luzeiros”, como “esplendores”, refletindo a glória de Deus e mostrando uma vida
“sem a culpa do pecado”, uma vida de total liberdade, já que não mais são escravos do pecados, libertos que
foram pelo Senhor Jesus.
- Não se pode, diante deste quadro que o apóstolo Paulo queria ver em Filipos quando ali chegasse, concordar
com aqueles que, nos dias hodiernos, defendem um “outro evangelho”, um evangelho que compactua com os
costumes mundanos, com a mentalidade pós-moderna vigente, um evangelho que, como dizia o suadoso
pastor Walter Marques de Melo, é um evangelho “light”, que não erradica o pecado, nem com ele rompe.
- Lamentavelmente, existem milhões e milhões de sedizentes crentes que não são filhos de Deus inculpáveis
no meio de uma geração corrompida e perversa que resplandecem como astros no mundo.
- Por primeiro, não são filhos de Deus, pois não estão sendo guiados pelo Espírito Santo (Rm.8:14). Quem é
guiado pelo Espírito Santo, é guiado em toda a verdade (Jo.16:13), verdade esta que é a Palavra de Deus
(Jo.17:17).

sábado, 27 de julho de 2013

OS TRÊS SEGREDOS DE DAVI.


OS TRÊS SEGREDOS DE DAVI.

Introdução

 O capítulo 17 de 1 Samuel relata como Davi derrotou o gigante Golias, acertando uma pedra em sua cabeça e depois, lhe degolar. Porém antes que isso se tornasse realidade Davi tomou posições e atitudes que fizeram a diferença e possibilitaram que ele derrotasse aquele gigante. Talvez você também esteja lutando com gigantes, que estão te desafiando nas questões: familiares, financeiras, de trabalho, de saúde, etc.; aprenda com Davi três passos para derrubarmos qualquer gigante. Vejamos: 

O PRIMEIRO SEGREDO DE DAVI: SE ENCONTRA NO CAPITULO 17,34,35,36.
Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e quando vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho,
Eu saía após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; e, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria e o matava.
Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo.
DAVI TINHA EXPERIÊNCIA COM DEUS, ESSE É GRANDE SEGREDO DE SUAS VITÓRIAS.
QUANDO O REI SAUL DISSE QUE ELE ERA MUITO JOVEM PARA ENFRENTAR O GIGANTE GOLIAS, DAVI  RESPONDE AO REI FAZENDO  MENÇÃO  DE SUAS EXPERIÊNCIAS COM DEUS , DEUS DEU VITÓRIA A DAVI QUANDO ESTE MATOU O LEÃO E O  URSO , E LIVROU A OVELHA DE SUAS GARRAS. ISSO NOS ENSINA QUE ATRAVÉS DE NOSSAS EXPERIÊNCIAS COM DEUS , PASSAMOS A TER A CERTEZA 
 QUE , POSSA LEVANTAR MUITOS GIGANTES CONTRA NOSSAS VIDAS, MAS VAMOS VENCER, PORQUE O SENHOR DOS EXÉRCITOS ESTA AO NOSSO LADO , O DEUS DE JACÓ É O NOSSO REFÚGIO , O QUE FORTALECE A NOSSA FÉ , É SABER QUE O DEUS QUE LÁ TRÁS , NOS DEU MUITOS LIVRAMENTOS , E MUITAS VITÓRIAS , NÃO NOS ABANDONARÁ , MAS COM CERTEZA ELE MAIS UMA VEZ VAI NOS DAR VITÓRIA , SEJA QUAL FOR A SEU GIGANTE , DESEMPREGO, PERSEGUIÇÃO , ANGUSTIA, SOLIDÃO, MEDO, E MUITOS OUTROS , NÃO PODERÁ TE MATAR ,E NEM DESTRUIR OS SEUS SONHOS, BASTA VOCÊ SE LEMBRAR DAS EXPERIÊNCIAS COM DEUS , E SABER QUE ELE SEMPRE SERÁ COM VOCÊ.

O SEGUNDO SEGREDO DE DAVI ERA QUE ELE NÃO CONFIAVA NAS FORÇAS DE SEUS   BRAÇOS, MAS SABIA QUE O SEGREDO DA SUA VITÓRIA VINHA DO SENHOR.

NO VERSO 38 ,39 , DO CAPITULO 17 , O REI SAUL TENTA VESTIR A ARMADURA EM DAVI , MAS DAVI NÃO CONSEGUE USA-LA , E TIRA ELA DE SOBRE SI, ISSO NOS ENSINA , QUE PARA VENCER UMA BATALHA EM NOSSAS VIDAS , NÃO É COM ARTIFÍCIOS HUMANOS , POIS ESSES ARTIFÍCIOS  DE  NADA VAI ADIANTAR , NÃO PRECISAMOS DE ARMAS CARNAIS , MAS SIM DAS ARMAS ESPIRITUAIS ,  QUE SÃO PODEROSAS EM DEUS PARA DESTRUIÇÃO DE TODAS AS FORTALEZAS ,  (  2 CORINTIOS 10,4) PARA QUE POSSAMOS VENCER OS GIGANTES QUE SE LEVANTAM CONTRA NOSSAS VIDAS , TEMOS QUE RECONHECER QUE SOMENTE JESUS PODE NOS CONCEDER A VITÓRIA , POIS SEM ELE NADA PODEMOS FAZER , MAS COM ELE NA PELEJA A VITÓRIA É CERTA , COM ELE TODOS OS GIGANTES CAEM POR TERRA, COM ELE VAMOS CANTAR O HINO DA VITÓRIA , GLÓRIA A DEUS !!!

O TERCEIRO SEGREDO DE DAVI : O NOME DO SENHOR DOS EXÉRCITOS. VEJA   Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
1 Samuel 17:45
É NO NOME DE JESUS, ELE É O SENHOR DOS EXÉRCITOS QUE DEUS VITÓRIA A DAVI CONTRA ESSE GIGANTE , GOLIAS ERA UM GUERREIRO, COM MUITAS EXPERIÊNCIAS EM GUERRA , ESTA COM ESPADA E LANÇA NA MÃO , E COM ESCUDO , DAVI SÓ TINHA UMAS PEDRINHAS E UMA FUNDA , PELA LÓGICA HUMANA ERA IMPOSSÍVEL DAVI VENCER ESSA BATALHA , MAS DAVI TINHA UMA ARMA PODEROSA NA MANGA , SIM UMA ARMA QUE GOLIAS NÃO CONHECIA , E ESSA ARMA ERA O  O NOME DO SENHOR DOS EXÉRCITOS , E CONTRA ESSA ARMA NINGUÉM PODERIA VENCER DAVI . VOCÊ QUE  ESTA LENDO ESSA MENSAGEM , QUERO TE DIZER : QUE VOCÊ COMO DAVI , PODE USAR O NOME DO SENHOR JESUS PARA VENCER SUAS BATALHAS , SE VOCÊ TEM JESUS COMO SEU SENHOR E SALVADOR DE SUA VIDA, NÃO DEIXE DE USAR O NOME DELE , POIS AI ESTA O SEGREDO DA SUA VITÓRIA , O PRECIOSO NOME DE JESUS , JESUS DISSE  EM JOÃO 14,13 , QUE TUDO QUE PEDIRDES EM MEU NOME EU O FAREI , PARA QUE O PAI SEJA GLORIFICADO NO FILHO .
MEU QUERIDO IRMÃO OU IRMÃ , NÃO DESISTA DE SUA BATALHA , NÃO DEIXE QUE OS GIGANTES DA VIDA VENHAM TE PARAR NA CAMINHADA , MAIS FAÇA COMO DAVI , QUE , TINHA ESPERIENCIA COM DEUS , QUE CONFIAVA SOMENTE NO DEUS QUE ELE SERVIA , E SABIA QUE O NOME DO SENHOR DOS EXÉRCITOS ERA A GARANTIA DE SUA VITÓRIA , E COM CERTEZA , VOCÊ VAI VENCER , E TODOS VERÁ QUE HÁ UM GRANDE DEUS NA SUA VIDA . MEDITE NESSA MENSAGEM COM CARINHO , E FAÇA UM COMENTÁRIO AI EM BAIXO.

ASS: MARCUS VINICIUS







quarta-feira, 17 de julho de 2013

DEUS É O NOSSO REFÚGIO NO MOMENTO DA ANGUSTIA



Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.


DEUS É   O   NOSSO   REFÚGIO  NO MOMENTO DA ANGUSTIA , QUANDO PASSAMOS POR MOMENTOS DE ANGUSTIA ,  PENSAMOS QUE O SENHOR  ESTA LONGE,  E  AS VEZES   PARECE  QUE  ELE SE AFASTOU DE NÓS.
A  ANGUSTIA É  UM SENTIMENTO TÃO FORTE  QUE ROUBA  A  NOSSA FELICIDADE , SEU OBJETIVO E COLOCAR O DESANIMO EM NOSSO CORAÇÃO.  MAS EM DEUS, CONSEGUIMOS   VENCER   ESSE SENTIMENTO ,  O QUE   FAZER  QUANDO ESTIVERMOS   PASSANDO   POR    MOMENTOS   DE   ANGUSTIA?   TALVEZ   VOCÊ   QUE   ESTA    LENDO ESSA MENSAGEM ESTA PASSANDO POR ESSE MOMENTO EM SUA    VIDA , E JÁ NÃO SENTE MAIS ALEGRIA , A TRISTEZA  TOMOU CONTA DE SEU  CORAÇÃO , E  O DESANIMO  ESTA   BATENDO   EM  SUA PORTA ,  MAS  NÃO  FIQUE ASSIM  EXISTE UMA  SOLUÇÃO  PARA O  SEU  PROBLEMA .


VOCÊ   PRECISA   SABER  SOBRE  UMAS VERDADES ETERNAS ,QUE VAI MUDAR  O SEU  MODO  DE VER AS COISAS  NO MOMENTO  QUE  VOCÊ  ESTIVER  PASSANDO   POR  ANGUSTIAS .


1)   VERDADE É  QUE   NO  MOMENTO  DA   ANGUSTIA DEUS  ESTA   TE  CARREGANDO  NO   COLO ,

TALVEZ  VOCÊ  ME  PERGUNTE COMO  ASSIM   DEUS   ESTA   ME  CARREGANDO   NO  COLO ?  LEIA  ESSA  ILUSTRAÇÃO  É  BEM  CONHECIDA   MAIS TRAZ  UMA VERDADE .



Pegadas na Areia
Esta noite eu tive um sonho.
Sonhei que caminhava pela praia, acompanhado do Senhor,
e que na tela da noite estavam sendo retratados os meus dias.
Olhei para traz e vi que cada dia que passava no filme da minha
vida, surgiam pegadas na areia, uma minha e outra do Senhor.
Assim continuamos andando, até que todos os meus dias se acabaram.
Então parei e olhei para traz.
Reparei...
Em certos lugares havia apenas uma pegada e esses lugares
coincidiam justamente com os dias mais difíceis da minha vida,
os dias de maior angústia, de maior medo de maior dor...

Perguntei então ao Senhor:

" Senhor, tu me disseste que estarias comigo todos os dias da
minha vida e eu aceitei viver contigo mas, por que tu me deixaste
nos piores dias de minha vida ? "

E o Senhor respondeu:

" Meu filho eu te amo.
Eu disse que estaria contigo por toda a tua caminhada e que não
te deixaria um minuto sequer, e não te deixei...
Os dias que tu viste apenas uma pegada na areia,
foram os dias que te carreguei... EM MEU COLO"

DEUS  JAMAIS  NOS  DEIXA  , A  BÍBLIA DIZ  Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.  SALMO  34 , 18 .

 BASTA  SOMENTE  VOCÊ  CRER  E  CONFIAR NAS MÃOS DO  SENHOR  , E  SABER  QUE ELE  ESTA  BEM  PERTINHO  DE   VOCÊ  NESSE  MOMENTO  DE  SOFRIMENTO  QUE VÔCE  ESTA  PASSANDO  E  ELE  VAI  TE  AJUDAR   A  VENCER  ESSA  SITUAÇÃO ,  E  VOCÊ  VAI  CANTAR  O HINO    DA    VITÓRIA,   ALELUIA  GLÓRIA   DEUS !!

2 )   VERDADE  É  DEUS  NÃO   VAI  TE   DEIXAR  NESSA  SITUAÇÃO.

DEUS   NÃO  SE  AGRADA COM O  SEU  SOFRIMENTO ,  ELE  NÃO  QUER VER  VOCÊ ASSIM   NESSE  SOFRIMENTO ,  ELE  PENSE  EM  VOCÊ  ,  E   TEM  VISTO  AS  TUAS  LAGRIMAS,  QUE   VOCÊ  TEM  DERRAMADO  EM  SEU  TRAVESSEIRO ,  O   SEU   DIA    VAI   CHEGAR   O  DIA  DA  SUA  VITÓRIA  ESTA  PERTO ,  TALVEZ VOCÊ  DIZ   MAS  NÃO  VEJO  NADA  SÓ  SOFRIMENTO ,  E   EU  TE  DIGO  OLHE  COM OS  OLHOS  DA   FÉ  ,   FICO  IMAGINANDO  ISRAEL  QUANDO ESTAVA  DIANTE DO  MAR  VERMELHO   ,  TALVEZ  ELE  PENSARAM  VAMOS  MORRER  AQUI  DIANTE  DESSE GRANDE   MAR ,  MAS  DEUS  ABRIU  O  MAR  E  O  POVO  PASSOU  A  SECO  NO MEIO  DO  MAR,  AS   ANGUSTIAS  SÃO  COMO  MAR   DE SOFRIMENTO EM NOSSA  VIDA  SUAS ÁGUAS  TENTAM  NOS  AFOGAR ,  MAS    ASSIM  COMO  DEUS  FEZ  COM  ISRAEL ,  ELE  VAI   ABRIR  O  MAR  QUE ESTA EM  SUA  FRENTE,  VOCÊ  NÃO  VAI  MORRER  NESSE  MAR ,   AS   ÁGUAS  VÃO  ABRIR  ,  PODE   ACREDITAR ,  ESSE  SOFRIMENTO  É  PARA  VOCÊ  TER  EXPERIÊNCIAS  COM  DEUS ,  E  VER  O  QUANTO  ELE  É  GRANDE EM  SUA  VIDA ,  E  VOCÊ  VERÁ  OS  TEUS  INIMIGOS AFUNDANDO  NO  MAR  QUE  ELES  PENSARAM QUE  IRIA TE  DESTRUIR ,  LEIA  ISAÍAS  41 , 10 .   DEUS É  COM VOCÊ ,  NESSA  PELEJA .

NÃO   DESISTA   DE  LUTAR  A  VITÓRIA  ESTA  PERTO ,  NÃO  DEIXE  DE  BUSCAR  O   SENHOR ,  VOCÊ  NÃO  ESTA  LUTANDO  SOZINHO NESSA  BATALHA  , O  SENHOR  DOS  EXÉRCITOS ,  O   EL-SHADAI  ( DEUS TODO  PODEROSO)     ESTA  COM  VOCÊ ,  FAÇA  COMO  DAVI   QUE  NÃO  OLHOU  PARA  A  ALTURA DO  GIGANTE  GOLIAS ,  NÃO  OLHE  PARA  O  GIGANTE  (  PROBLEMA  QUE  PARECE ENORME )  MAS  OLHE  PARA A  GRANDEZA  DE  JESUS , E  VOCÊ VAI  VENCER  E  NENHUMA   ANGUSTIA  VAI  ROUBAR  A  SUA  FELICIDADE .   

PAZ   DO  SENHOR  JESUS ,   ASS:  MARCUS  VINICIUS .




segunda-feira, 15 de julho de 2013

O VERDADEIRO AMOR NÃO É FINGIDO.

EM ROMANOS 12, 9  O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.

O AMOR É A ESSÊNCIA DO EVANGÉLIO , JESUS VEIO A ESSE MUNDO POR AMOR , DEUS PERDOA ATRAVÉS DO SEU GRANDE AMOR , DE TODOS OS DONS , O ÚNICO QUE VAI PERMANECER É O AMOR , QUE É FRUTO DO ESPIRITO SANTO DE DEUS.
MAIS INFELIZMENTE EM NOSSOS DIAS ESSE AMOR TEM SE ESFRIADO , DE TAL MANEIRA QUE ATÉ MESMO HÁ MUITOS CRISTÃOS QUE JÁ NÃO AMA O SEU IRMÃO, E COMO AMARÁ AS OVELHAS PERDIDAS, SE NÃO AMA A QUEM  SEMPRE ESTA AO LADO, E MAIS AINDA E COMO AMARÁ A DEUS,


QUERO COMPARTILHAR 3 COISAS IMPORTANTES SOBRE O VERDADEIRO AMOR

1) O AMOR VERDADEIRO  NÃO É FINGIDO.

QUEM AMA DE VERDADE , NÃO FALA MAL DE SEU IRMÃO, NÃO TRATA O SEU PRÓXIMO COM MENTIRAS , NÃO TEM FALSIDADE EM SEU CORAÇÃO ,
QUEM TEM O AMOR FINGIDO NÃO TEM A VERDEIRA PRESENÇA DE DEUS EM SUA VIDA, MAS É UMA PESSOA VAZIA , COMO OS FARISEUS DA ÉPOCA DE JESUS , ELES ERAM COMO SEPULCRO CAIADO , LINDO POR FORA, MAIS TENEBROSO POR DENTRO.
MAS QUANDO O AMOR NÃO É FINGIDO, A COISA É DIFERENTE , A PAZ PASSA REINAR NESSE CORAÇÃO, A PESSOA PASSA A SE PREOCUPAR COM SEU IRMÃO  , JÁ SENTE ATÉ MESMO A FALTA DELE NO CULTO, E PASSA A CHORAR COM OS QUE CHORAM E SE ALEGRAR COM OS QUE SE ALEGRAM.

2) O AMOR VERDADEIRO É INCONDICIONAL ,

ESSE AMOR É O AMOR ÁGAPE, ELE É TRANSMITIDO POR DEUS, É UM ATRIBUTO QUE DEUS COMPARTILHA COM A PESSOA QUE ANDA EM SUA PRESENÇA.
NÃO DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS , ELE AMA EM QUALQUER OCASIÃO , NA DOR ,  NO SOFRIMENTO, NA ANGUSTIA, JESUS DEMOSTROU ESSE AMOR NA CRUZ QUANDO DISSE PAI PERDOAI-VOS PORQUE ELES NÃO SABE O QUE FAZEM, E TEM PESSOA QUE DIZ EU NÃO VOU COM A CARA DA QUELE IRMÃO,  NÃO AMAMOS POR APARÊNCIA , NO CORAÇÃO DO VERDADEIRO CRISTÃO NÃO EXISTE ISSO ESSE EXPRESSÃO É MUNDANA, NÃO É DE DEUS, TEMOS QUE AMAR ATÉ NOSSOS INIMIGOS AINDA MAIS UM IRMÃO, TEMOS QUE REVER NOSSOS CONCEITOS SOBRE O VERDADEIRO AMOR, SE NÃO JESUS VAI NOS DIZER NA QUELE GRANDE DIA , APARTAI-VOS DE MIM MALDITOS PARA O FOGO ETERNO QUE ESTA PREPARADO PARA O DIABO  SEUS ANJOS.

3) O AMOR VERDADEIRO É SACRIFICIAL

NÃO EXISTE AMOR SEM SACRIFÍCIO , TEM MUITOS QUE DIZEM QUE AMA , MAS QUANDO ELE TEM A OPORTUNIDADE DE DEMOSTRAR O SEU AMOR, ELE SE ANULA, QUANDO SABE QUE TEM UM IRMÃO DOENTE, NÃO VISITA, NÃO QUER NEM SABER SE O IRMÃO ESTA PRECISANDO DE SUA AJUDA, SER CRENTE NÃO É IR SÓ PARA IGREJA , É MAIS DO QUE ISSO , É TER KOINONIA, O QUE É KOINONIA ? É COMUNHÃO , É ESTAR EM UNIÃO COM SEU IRMÃO E COM A IGREJA, OU NÃO SABES QUE A FÉ SEM OBRA É MORTA EM SI MESMA, TIAGO 2,17 LEIA E MEDITE!! ,

O AMOR É MUITO IMPORTANTE EM NOSSO CORAÇÃO , JESUS DISSE QUE POR SE MULTIPLICAR A INIQUIDADE O AMOR DE MUITOS SE ESFRIARÁ , MATEUS 24,12 , MAS ESSE AMOR NÃO PODE SE ESFRIAR NO CORAÇÃO DO CRISTÃO, POIS NÃO VIVEMOS NA INIQUIDADE, MAS SIM NA PIEDADE, COM O CORAÇÃO DIRIGIDO PELO ESPIRITO SANTO , EM UM DEUS QUE É AMOR, MEDITE NESSA MENSAGEM E SEMPRE ORE E PESSE A DEUS PARA QUE SEU AMOR NÃO SE ESFRIE, MAS QUE SEJA FERVOROSO A CADA DIA.

A PAZ PARA TODOS,  ASS MARCUS VINICIUS.

O comportamento dos salvos não esta restrito a nenhuma denominação, credo ou títulos eclesiásticos mas sim aos conceitos inerrantes do Evangelho de Cristo.

Paulo, no seu cuidado com os filipenses, mostra-nos como deve ser a conduta do cristão autêntico.   

INTRODUÇÃO  

- Na sequência do estudo da carta de Paulo aos filipenses, verificaremos hoje como Paulo entendia dever se comportarem os servos de Jesus Cristo.  

- A vida cristã caracteriza-se por uma conduta diferente daquela de quem não tem a salvação em Cristo Jesus.  

I – O CRISTÃO DEVE TER UM COMPORTAMENTO DIGNO CONFORME O EVANGELHO DE CRISTO  

- Na continuidade de sua carta aos filipenses, o apóstolo Paulo, ciente de que permaneceria mais um tempo sobre a face da Terra, tinha um só propósito: o de que sua permanência servisse para proveito daqueles crentes e para o gozo da sua fé (Fp.1:25).  

- O apóstolo tinha plena consciência de que seu viver era única e exclusivamente para fazer a vontade de Deus, não mais vivia para si mas para Deus (Gl.2:20). Em sendo assim, o prolongamento da sua vida nada mais podia representar senão de que deveria continuar o seu trabalho para conduzir os homens ao conhecimento do Evangelho e, uma vez obtida a salvação destas pessoas, fazer com que elas prosseguissem na jornada da fé até o fim, até a morte.  

- Paulo sabia que os crentes, assim como ele, deveriam desejar estar com Cristo, deveriam viver a vida na fé do Filho de Deus e, para tanto, sem deixar perder um só segundo, iniciou o cumprimento deste propósito na própria epístola, fazendo com que os crentes tivessem um comportamento que os fizesse assim como ele, ou seja, como alguém que tinha convicção de que se encontraria com o Senhor Jesus após a peregrinação terrena.  

- Não é por outro motivo, portanto, que o apóstolo, logo após dizer que permaneceria na Terra para proveito e gozo da fé daqueles crentes, ter dito que a finalidade disto é que a glória dos filipenses abundasse por ele em Cristo Jesus pela sua ida até eles (Fp.1:26).  

- Os filipenses não deveriam se alegrar apenas pela chegada de Paulo até Filipos, pelo livramento que o Senhor lhe daria, mas, muito mais do que isto, o desejo do apóstolo é que esta alegria se desse em Cristo Jesus. Paulo queria apenas ser o motivo da alegria, mas tal alegria deveria se dar em Cristo.  

- Temos aqui, portanto, uma expressão muito presente nas epístolas de Paulo e que é muito importante para entendermos o que o apóstolo entende ser a tônica da vida cristã. É a expressão “estar em Cristo Jesus”. O 
apóstolo, inclusive, define o cristão como aquele que está em Cristo, pois “ se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas passaram, eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17).  

- Tal expressão aparece em o Novo Testamento quando que somente nos escritos de Paulo, a demonstrar, como afirma o teólogo escocês James D.G. Dunn (1939- ), que se trata de “…um traço característico e distintivo da teologia de Paulo (A teologia do apóstolo Paulo. Trad. de Edwino Royer, p.455).  

- A expressão “em Cristo”, entre outros sentidos, ocorre “…quando Paulo tem em mente a sua própria atividade ou exorta seus leitores a adotar determinada atitude ou procedimento de ação.(…). O uso da expressão brota em Filipenses quando Paulo tenta persuadir os destinatários a adotar atitudes mais positivas: ‘irmãos, encorajados no Senhor a falar a palavra de Deus (1,14); Paulo ‘espera no Senhor’ e tem fé no Senhor quanto às suas atividades futuras (2,19.24); pede que eles recebam Epafrodito ‘no Senhor com toda a alegria’ (2,29); convida-os a ‘regozijarem-se no Senhor’ (3,1), a ‘permanecerem firmes no Senhor’ (4,1), a ‘serem unânimes no Senhor’ (4,.2), e a ‘alegrarem-se sempre no Senhor’ (4,4), como ele mesmo faz (4,10) (…). A visão de Paulo de toda a sua vida como cristão, sua fonte, sua identidade e suas responsabilidades poderia ser resumida nessas expressões.…” (DUNN, James D.G. Trad de Edwino Royer, op.cit., pp.456-7). 

- Nesta expressão, o apóstolo Paulo mostra, com clareza, que ser cristão não é meramente ter fé em Jesus, crer em Jesus, mas ter com Ele uma experiência, a experiência com o Cristo ressuscitado e vivo, a mesma experiência que o apóstolo teve no seu encontro pessoal com o Senhor no caminho de Damasco.”…Paulo evidente se sentiu arrebatado ‘em Cristo’ e conduzido por Cristo. Em certo sentido experimentava Cristo como o contexto de todo o seu ser e agir…”(DUNN. James D.G. op.cit., p.459). Como afirma ainda o já mencionado teólogo, trata-se da experiência da presença de Cristo em todas as nossas atividades, consciente ou inconscientemente.  

- Percebemos, portanto, que, quando o apóstolo Paulo fala aos filipenses que a alegria deles deveria ser em Cristo Jesus, está a indicar àqueles crentes que toda a vida do cristão deve ser vivida em função de Jesus Cristo, pois não mais vivemos para nós mesmos mas para o Senhor.  

- É por isso mesmo que o apóstolo passa a se preocupar com o comportamento que os crentes de Filipos deveriam ter, pois quem é verdadeiramente cristão está “em Cristo Jesus”, ou seja, experimenta uma comunhão com o Senhor Jesus de tal modo que toda a sua vida, todas as suas atividades são exercidas em função desta comunhão que existe entre ele e Jesus, depois do encontro pessoal que lhe trouxe a salvação. 

- Nos dias em que vivemos, esta lição do apóstolo Paulo é extremamente pertinente, pois vivemos numa época em que muitos querem compartimentar suas vidas, segmentar a nossa vida, como se fosse possível separar departamentos da vida em que se siga ao que ensinam as Escrituras e, em outros, onde a Bíblia é dispensada em sua aplicação, gerando, assim, hipócritas religiosos, que não vivem de acordo com os princípios em que afirmam crer.  

- Paulo é bem claro aos filipenses que eles deveriam estar “em Cristo”, ou seja, terem toda a sua vida comprometida com os ensinos e a doutrina ensinada pelo Senhor Jesus e pelos Seus apóstolos, o que o apóstolo chama de “portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo”.  

- A vida cristã não é uma vida teórica, não se trata de termos conhecimento intelectual dos preceitos bíblicos, de sabermos o conteúdo das Escrituras, mas, sim, uma vida que tem de ser teórico-prática, ou seja, é necessário termos o conhecimento do conteúdo da Bíblia, algo que tem faltado muito em nossos dias tão difíceis, onde o “analfabetismo bíblico” grassa, mas que este conhecimento se revele em atitudes, em que vivamos o que aprendemos da parte do Senhor.  

- Esta era a diferença entre Jesus e os fariseus. O Senhor somente ensinava aquilo que fazia (At.1:1), por isso tinha autoridade em Seu ensinamento (Mt.7:28,29), ao contrário dos fariseus, que ensinavam mas não 
praticavam aquilo que ensinavam (Mt.23:2,3). O Senhor manda-nos ser como Ele, termos uma justiça superior a dos escribas e fariseus (Mt.5:20), ser ouvintes praticantes e não somente ouvintes do que nos é ensinado (Tg.1:22).
  
- O verdadeiro e genuíno servo de Jesus não é aquele que apenas ouve o que o Senhor ensina, mas que pratica o que foi ouvido (Mt.7:24-27). Muitos que cristãos se dizem ser terão e têm tido grandes quedas, fracassos espirituais precisamente porque não põem em prática aquilo que ouviram da parte do Senhor. Qual é a nossa condição, amados irmãos?  

- Temos de “nos portar dignamente conforme o evangelho de Cristo”. Este era o desejo do apóstolo e o que Paulo queria ver quando fosse novamente ver os filipenses. Este desejo do apóstolo não era circunscrito aos filipenses, mas a todas as igrejas. É o desejo genuíno de todo e qualquer ministro de Cristo, que tem a sua alegria em ver que os crentes estão vivendo de acordo com a Palavra de Deus.  

- Não é por outro motivo, aliás, que, ao escrever aos coríntios, o apóstolo demonstra todo o seu desagrado com as notícias que havia recebido daqueles irmãos, dizendo que, por causa delas, tinha receio de, quando fosse até eles, os encontrasse reprovados, precisamente porque não estavam eles a permanecer na fé (II Co.13:1-10).  

- Não podemos dissociar o nosso comportamento da nossa fé. Muitos se iludem com a ideia de que a fé é um ato interno, espiritual, o assentimento do que consta nas Escrituras a respeito da salvação por intermédio de Jesus Cristo, uma adesão voluntária à proposta do Evangelho e que, portanto, não precisa se exteriorizar em atitudes concretas, no dia-a-dia do cidadão.  

- No entanto, se é verdade que a justificação se dá pela fé em Jesus (Rm.5:1), que está fé vem pela Palavra de Deus (Rm.10:17) e que independe de qualquer obra humana para se aperfeiçoar no salvo (Ef.2:8,9), não é menos verdadeiro que a fé produz boas obras (Tg.2:17), que somos salvos para produzir frutos permanentes (Jo.15:16).  

- O apóstolo queria ouvir a respeito dos filipenses que eles se portavam dignamente conforme o evangelho de Cristo, queria ter notícias a respeito da conduta cotidiana dos filipenses, de que estavam a viver de acordo com a Palavra de Deus, a fazer o que a Bíblia nos manda fazer.  

- O que os obreiros que estiveram nos presidindo na igreja local a que pertencemos andam ouvindo a nosso respeito, amados irmãos? Como tem sido o nosso comportamento ao longo desta nossa peregrinação terrena? Temos andando conforme o evangelho de Cristo? Eis algumas questões para refletirmos durante este estudo!  

- Paulo, diante da revelação recebida do Senhor, sabia que iria novamente a Filipos, que veria novamente os irmãos, até porque não estavam eles ainda devidamente preparados para suportar a sua partida para a eternidade, mas o apóstolo, embora estivesse contente em poder ver os irmãos que tanto amava, não tinha isto como um objetivo supremo de sua vida. Sua maior alegria era ouvir que os filipenses estavam a andar dignamente conforme o Evangelho de Cristo, pois, se ouvisse isto, teria a convicção de que seu trabalho tinha sido exitoso naquela colônia romana.  

- Esta alegria de Paulo com o comportamento conforme o evangelho de Cristo não era algo que surgira agora, quando se encontrava no ocaso de seu ministério. Era uma constante na vida do apóstolo. Na sua primeira carta, a que escreveu aos tessalonicenses, o apóstolo já demonstrava que esta era a principal razão de sua alegria, quando afirmou que todos falavam a respeito da mudança de comportamento vivida por aqueles crentes que “…dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a Seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” (I Ts.1:9,10).  

- Portar-se dignamente conforme o evangelho de Cristo, portanto, nada mais é que ter uma mudança de comportamento, de tal maneira que haja uma “conversão”, ou seja, uma mudança de direção na vida, o abandono de práticas pecaminosas e a assunção de uma nova maneira de viver, de separação do pecado, ou seja, de santidade. É o que o próprio Paulo escreve aos efésios, neste mesmo período de prisão em Roma, quando afirma categoricamente que “…noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como os outros também…” (Ef.2:2,3).  

- A vida cristã faz com que não mais façamos aquilo que todos fazem, pois, agora, não somos mais “maria- vai-com-as-outras”, mas navegamos contra a correnteza, contra a maré, visto que não mais satisfazemos o pecado e o mundo, mas passamos a obedecer a Palavra de Deus, a viver segundo os ensinamentos que nos deixou o Senhor Jesus.  

- Muitos, na atualidade, porém, têm negligenciado este aspecto comportamental dos crentes em Cristo Jesus e não querem mudar seu procedimento, tendo uma vida completamente adaptada aos valores e princípios vividos pelo mundo, que são de flagrante desobediência ao quanto ordenado pelo Senhor na Sua Palavra. Querem viver como os outros que não servem ao Senhor, apenas com a diferença de que frequentam, normalmente aos domingos à noite, uma igreja.  

- Nada mais enganoso, amados irmãos! O apóstolo Paulo mostra aqui, com absoluta clareza, que devemos ter uma vida cotidiana, uma vida diária de conformidade ao evangelho de Cristo, a fim de que todos que nos vejam, e aqueles que não vejam mas ouçam a nosso respeito, saibam que, em todos os lugares, em todos os momentos, estamos a praticar aquilo que aprendemos na Palavra do Senhor. Isto é ser verdadeiramente um cristão.  

II – A UNIDADE COMO BASE PARA UM COMPORTAMENTO DIGNO CONFORME O EVANGELHO DE CRISTO  

- Paulo, ao afirmar que desejava que os filipenses tivessem um porte digno conforme o evangelho de Cristo, fundamentou tal conduta na unidade da igreja. Disse o apóstolo dos gentios: “ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do Evangelho” (Fp.1:27).  

- O apóstolo queria ouvir dos filipenses, em primeiro lugar, que eles estavam unidos, num mesmo espírito. Não há que se falar em vida cristã se ela não se der em comunidade, se ela não se der na igreja local. A vida cristã exige a presença da Igreja, pois foi esta que o Senhor edificou. O corpo de Cristo é a Igreja e somente nela poderemos desfrutar plenamente de uma vida espiritual genuína e autêntica.  

- Os crentes de Filipos tinham podido ajudar o apóstolo até aquele momento e tido uma fé eficaz e eficiente porque viviam como igreja, estavam juntos, unidos, num mesmo espírito. Havia comunhão dos filipenses não só com o Senhor Jesus, mas com os demais irmãos e era isto que fazia daquela igreja uma parcela do corpo de Cristo, que fazia com que as suas orações fossem ouvidas nos céus, a ponto de o Senhor ter postergado o término do ministério do apóstolo.  

- A salvação é individual, porque cada um responde individualmente perante o Senhor a respeito da questão da eternidade (Ez.18:20), mas a vida cristã, a vida espiritual é vivida em comunhão com os demais irmãos, porque não é bom que o homem esteja só (Gn.2:18).   

- Estamos em Cristo e estar em Cristo significa pertencer a Ele e ao Seu corpo, que é a Igreja (Rm.7:4; I Co.12:27). Este corpo é formado por partes, que são seus membros em particular, que não podem viver separadamente, assim como não podem viver separadamente cada integrante de nosso organismo, de nosso corpo (I Co.12:12-27).  

- Quando o Pai revelou a Pedro que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus vivo, o Senhor logo revelou aos Seus discípulos o mistério da Igreja (Mt.16:18) e foi claríssimo ao afirmar que a promessa de prevalência sobre as portas do inferno era dada à Igreja, não aos seus membros em particular.
  
- Se fomos salvos, não somos de nós mesmos, passamos a pertencer a Cristo, por quem fomos comprados por bom preço (I Co.6:19,20) e se somos de Cristo e pertencemos a Ele, isto faz com que passamos a fazer parte do corpo de Cristo e, como tal, somos membros em particular, que dependemos dos outros irmãos para podermos prevalecer sobre as portas do inferno, para podermos perseverar até o fim e alcançarmos a salvação.  

- É este, aliás, o sentido pelo qual o pão, na ceia do Senhor, é partido (I Co.11:23,24), antes de ser tomado e comido pelos irmãos (prática, aliás, que muitos, antibiblicamente, têm abandonado). O corpo de Cristo é formado de partes, partes que dependem umas das outras, partes que têm a mesma essência, pois todas são lavadas e remidas no sangue de Cristo e se mantêm apartadas do pecado, mas que não podem subsistir se não estiverem em comunhão, num mesmo espírito, num mesmo sentir, num mesmo viver.  

- Os irmãos devem viver em união, como diz o salmista (Sl.133:1), pois só nesta união se terá a presença do Espírito Santo em todo o corpo, da cabeça aos pés, como o próprio Davi ilustra no salmo, onde se descreve o óleo da unção posto sobre a cabeça do sumo sacerdote e atingindo até a orla dos seus vestidos. Quando há união, a bênção e a vida são sempre ordenadas pelo Senhor.  

- Para que haja um porte digno conforme o evangelho de Cristo, é absolutamente necessário que, na igreja local, os crentes tenham um mesmo espírito, tenham união, a fim de que desta união advenha a unidade.  

- Escrevendo aos efésios, o apóstolo volta a falar sobre esta necessidade da unidade para que se tenha o porte digno conforme o evangelho de Cristo. Diz o apóstolo que andar dignamente segundo a vocação com que fomos chamados pelo Senhor é “suportarmo-nos uns aos outros e procurar guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”, pois “há um só corpo, um só Espírito, uma só esperança da vocação, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos” (Ef.4:1-5).  

- O corpo de Cristo é um só, pois o Senhor disse que edificaria “a Sua Igreja”. Não disse o Senhor que edificaria “várias igrejas”, mas uma única Igreja. Se, portanto, há um só corpo, não se pode criar neste corpo divisões ou separações que impeçam a nossa comunhão.  

- Quando falamos aqui na unidade, é evidente que estamos a falar na unidade espiritual, pois este corpo de Cristo é o Seu corpo místico, ou seja, trata-se da Igreja enquanto povo de Deus, enquanto nação espiritual. É evidente que este corpo está espalhado pelo planeta através de muitas denominações, de muitas igrejas locais, mas se trata de um único corpo, corpo este que faz com que seus membros em particular andem sempre em comunhão uns com os outros, participantes ambos de colaboração mútua em prol do reino de Deus e do testemunho público da salvação em Cristo Jesus.  

- Este corpo de Cristo tem também um só Espírito. O Espírito Santo está presente em todo o corpo de Cristo. Assim como o óleo precioso desceu da cabeça de Arão até a orla dos seus vestidos, de igual maneira, o Espírito Santo está presente em toda a Igreja, em todos os membros em particular. Nem poderia ser diferente porque, quando cremos em Jesus como nosso único e suficiente Senhor e Salvador, recebemos o Espírito Santo, tornamo-nos habitação do Espírito Santo (Jo.14:16,17).
  
- A falta da presença do Espírito Santo em alguém faz com que ele não seja membro da Igreja. São estes que não se guiam pelo Espírito Santo (Rm.8:14), que não se movem senão pelos sentidos deste mundo, causando, entre outras coisas, divisões no meio da Igreja (Jd.19).  

- Havendo um só Espírito, todos os genuínos, autênticos e verdadeiros cristãos são conduzidos na mesma direção, praticam as mesmas obras, têm todos o mesmo intuito, já que o Espírito é o mesmo. É, por este motivo, amados irmãos, que todos os cristãos têm um mesmo sentimento, um mesmo porte espiritual, um 
mesmo comportamento, que é moldado pela Palavra de Deus, até porque o Espírito Santo é o Espírito de verdade (Jo.14:17), que nos guia segundo a verdade (Jo.16:13), que outra não é senão a Palavra do Senhor (Jo.17:17).  

- Esta unidade, repetimos uma vez mais, é espiritual, não devendo ser confundida com aspectos puramente humanos, como dados culturais. Barnabé, ao ser mandado pelos apóstolos a Antioquia, para que fosse verificar a notícia do surgimento da primeira igreja gentílica, ao ali chegar alegrou-se ao ver a graça de Deus naquelas pessoas, tendo, inclusive, as exortado para que permanecessem no Senhor com propósito do coração (At.11:23).  

- É evidente que Barnabé, ao ver aqueles crentes, verificou que eles eram bem diferentes dos crentes judeus, tinham outra cultura, outros costumes, mas, no aspecto espiritual, verificou que eles haviam deixado o modo de viver pecaminoso e passado a seguir o evangelho. Isto era a “graça de Deus”, a presença da “fé no Senhor”, o que os tornava unidos aos crentes judeus, integrantes plenos da Igreja.  

- De igual maneira, a Igreja hoje prossegue sendo assim, com diferenças culturais, decorrentes de aspectos humanos, mas todos tendo o mesmo Espírito, sendo guiados em toda a verdade, sendo moldados segundo a Bíblia Sagrada.  

- Mas, além de um só corpo e um só Espírito, Paulo diz, também, que os que andam dignamente conforme o evangelho de Cristo têm, também, “uma só esperança da sua vocação” (Ef.4:4). Ou seja, os genuínos e autênticos cristãos estão esperando o Senhor Jesus, algo que, como já vimos supra, foi também asseverado pelo apóstolo na sua primeira carta aos tessalonicenses (I Ts.1:10).  

- A Igreja está de passagem nesta terra, é aqui peregrina, não almeja qualquer posição neste mundo, mas está a caminhar em direção à cidade celestial, consoante a bíblica expressão da Constituição dogmática “Lumen gentium”, o principal documento doutrinário da Igreja Romana, no Concílio Vaticano II, que, por sua biblicidade, aqui reproduzimos: “…o novo Israel que, caminhando no presente tempo, busca a futura cidade perene (cf. Hb. 13:14), também é chamado de Igreja de Cristo (cf. Mt.16:18)…” (Constituição dogmática “Lumen Gentium” n.9. In:  VIER O.F.M., Frei Frederico (coord.). Compêndio do Vaticano II, p.49).  

- Somos chamados para habitarmos a cidade celeste, da qual aguardamos o Senhor Jesus (Fp.3:20) e, portanto, como todos temos um mesmo destino proposto a nós, temos de andar juntos, com o mesmo proceder, no mesmo caminho, que é apertado, após termos entrado pela mesma porta, que é estreita (Mt.7:14), pois todos vamos para o mesmo lugar.  

- Esta união, que nos leva à unidade, advém, também, do fato de que temos um só Senhor e um só Deus e Pai de todos (Ef.4:5,6). Se assim é, recebemos as mesmas ordens, os mesmos mandamentos, da parte de um Senhor e Deus que não muda (Ml.3:6), que é sempre o mesmo (Hb.13:8), n’O qual não há sombra de variação (Tg.1:17).  

- Por isso, não há como fazermos coisas diversas, termos comportamentos antagônicos, uma vez que este corpo tem uma só cabeça, que é Cristo (Ef.1:22; 5:23), que, como já vimos, não muda e nos deixou plenamente conhecida a vontade do Pai para que a possamos seguir enquanto estivermos nesta nossa peregrinação terrena (Jo.15:15; At.1:1,2).  

- Esta é a união e unidade de que Paulo fala aos filipenses, o “mesmo espírito” que queria ouvir que estava sendo seguido pelos crentes de Filipos, oitiva esta que desejava mais até do que rever os crentes em Filipos.  
- Com esta união e unidade, os crentes de Filipos poderiam ter outra característica imprescindível para todo cristão genuíno e autêntico: o combate conjunto com o mesmo ânimo pela fé do Evangelho (Fp.1:27).  

- Paulo queria ouvir falar que os filipenses juntamente combatendo com ânimo pela fé do Evangelho. Assim como o apóstolo, mesmo preso, continuava a lutar contra as hostes espirituais da maldade, fazendo a vontade de Deus e evangelizando mesmo dentro do presídio, os crentes de Filipos também deveriam evangelizar, levar a Palavra de Deus àqueles que estavam escravizados pelo pecado, fazendo isto com união e unidade, cada qual participando naquilo que haviam sido chamados pelo Senhor a fazê-lo.  

- A evangelização, o combate pela fé do evangelho, é uma demonstração da união e unidade do povo de Deus, é um elemento que nos permite verificar se os cristãos estão, ou não, se portando dignamente conforme o evangelho de Cristo. Paulo, falando aos tessalonicenses, em sua primeira epístola, fala que a pregação do evangelho em Tessalônica se deu “com grande combate” (I Ts.2:2).  

- Dentro deste aspecto, como salientamos já na lição anterior, vemos que o “termômetro espiritual” de muitos que cristãos se dizem ser está a mostrar um frieza espiritual preocupante e que revela uma desconexão entre eles e a cabeça, que é Cristo Jesus.   

- O Senhor mandou que todos pregássemos o Evangelho a toda criatura por todo o mundo e, no entanto, são poucos, muito poucos os que estão a cumprir este mandado de Cristo. Basta ver o número de pessoas convidadas pelos irmãos para as reuniões da igreja local para vermos quanto isto tem sido negligenciado em nossas igrejas na atualidade. OBS: Por oportuno, reproduzimos aqui trecho de catequese do atual chefe da Igreja Romana, a respeito disto: “…Evangelizar é a missão da Igreja e não apenas de alguns, mas a minha, a sua, a nossa missão. O apóstolo Paulo exclamou: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1 Cor 9,16). Todos devem ser evangelizadores, especialmente com a vida! Paulo VI destacou que “Evangelizar… é a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, 14).…” (FRANCISCO. Catequese de 22 de maio de 2013. Disponível em: http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-sobre-a-acao-do-espirito-na-evangelizacao- 220513/  Acesso em 23 maio 2013).  

- É sem dúvida um eloquente fator de demonstração de nossa pertinência ao corpo de Cristo o exercício e desempenho da vocação a que fomos chamados pelo Senhor, que tem na evangelização, no ganhar almas para o reino de Deus, um fator proeminente e relevantíssimo.  

- No entanto, amados irmãos, o que percebemos é que, nos dias tão difíceis pelos quais passamos, muitos dos que cristãos se dizem ser não têm sequer a noção de que se encontram em meio a um “combate pela fé do Evangelho”. Muito pelo contrário, desconhecem, por completo, que vivemos em permanente luta contra as hostes espirituais da maldade, em uma guerra espiritual. Como bem salientou o pastor Bruno Skolimovski (1884-1961), um dos pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil, “o povo de Deus aqui na Terra, tem um sinal, povo que vive em santa guerra contra o mal; povo que espera a Jesus Cristo, que presto vem. É pois Ele mesmo quem nos diz isto: ‘Vigia mui bem’.” (primeira estrofe do hino 455 da Harpa Cristã).  

- Quando temos a noção de que estamos em guerra contra o diabo e seus anjos, contra o pecado e o mundo, despertamos para a realidade de que devemos estar no exército de Cristo, batalhando, juntamente com os demais soldados alistados pelo Senhor Jesus, para salvar as almas da perdição e vencermos todas as astutas ciladas do diabo, revestindo-nos da armadura de Deus (Ef.6:11).
  
- No entanto, muitos, hoje, encontram-se, assim como o levita mencionado em Jz.17:9,, atrás de comodidade, num torpor espiritual que o faz querer viver em paz neste mundo, como se isto fosse possível para quem se porta dignamente conforme o evangelho de Cristo. Por isso, busca adaptar-se ao mundo, concorda com tudo o que o mundo faz e pratica, com tudo o que o mundo quer impor sobre nós, comportamento este que o faz se desconectar com a videira verdadeira, que é Cristo Jesus, deixando, assim, de produzir fruto e, lamentavelmente, sendo cortado, lançado fora e sendo candidato à ser queimado no momento oportuno pelo juízo divino (Jo.15:2-6).  

- Paulo dizia aos filipenses que eles deveriam combater juntos pela fé do Evangelho, devendo, por isso, lutar para que muitos fossem atingidos pelo evangelho de Cristo, a partir de seus próprios testemunhos, de seu próprio porte digno, que é, sempre, a maior e mais audível pregação que podemos dar aos incrédulos. 

- Neste combate espiritual indispensável a quem pertence ao corpo de Cristo e quer se comportar dignamente conforme o evangelho de Cristo, vemos a grande diferença entre o cristão e outros grupos religiosos, como, por exemplo, os muçulmanos.  

- Quando se fala em combate com o mesmo ânimo pela fé do evangelho, torna-se quase impossível não fazer aqui um paralelo com o conceito islâmico da “jihad”, considerado como o “sexto pilar” da fé muçulmana por muitos segmentos do Islamismo e que é hoje a principal fonte de inspiração para o vertiginoso crescimento da religião muçulmana em todo o mundo, religião esta que é a que mais cresce na atualidade no planeta.  

- A “jihad” é “o esforço”, o “empenho”, uma “luta” para levar aos outros a fé islâmica. No Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, é dito que “…Allah prefere os lutadores, com suas riquezas e com si mesmos, aos ausentes, dando-lhes um escalão acima destes. E a ambos Allah promete a mais bela recompensa. E Allah prefere os lutadores aos ausentes, dando-lhes magnífico prêmio…” (4:95b), ou, ainda, “…E combatei, no caminho de Allah, os que vos combatem, e não cometais agressão. Por certo, Allah não ama os agressores. E matai-os, onde quer que os acheis, e fazei-os sair de onde quer quer vos façam sair(…). Então, se eles vos combaterem, matai-os. Assim é a recompensa dos renegadores da Fé. E, se eles se abstiverem, por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador. E combatei-os, até que não mais haja sedição pela idolatria e que a religião seja de Allah. Então, se se abstiverem, nada de agressão, exceto contra os injustos. (2:190-193).  

- Nota-se, portanto, que, enquanto os muçulmanos falam em uma luta corporal e imposição da fé pela força das armas, o Evangelho fala de uma luta espiritual, em que as armas não são carnais, mas espirituais (II Co.10:4). Todavia, muitos que cristãos se dizem ser estão confiando mais em armas carnais do que nas espirituais, até porque, como já vimos, não têm o Espírito, não são espirituais.  

III – A RESISTÊNCIA AO COMBATE PELA FÉ DO EVANGELHO
  
- Neste combate conjunto pela fé do Evangelho está o esforço, o empenho pela propagação do Evangelho, mediante uma vida exemplar, sincera e devota diante de Deus, como também mediante a participação de todos na evangelização, inclusive através de meios pacíficos e ordeiros com vistas a impedir o domínio da mentalidade mundana e anticristã na condução da sociedade.  

- Neste combate, como em toda ação, haverá uma reação, uma resistência. O apóstolo queria mostrar aos filipenses que o fato de a vontade de Deus se cumprir e de nós a cumprirmos, isto, de modo algum, representaria a ausência de oposição e de resistência Afinal de contas, ainda que o Evangelho estivesse sendo pregado por Paulo, ele se encontrava preso por causa desta mesma oposição, desta mesma resistência.  

- Por isso, o apóstolo faz questão de dizer aos filipenses que eles não se espantassem com os que resistiam, com aqueles que iriam se opor a este combate pela fé do Evangelho, com aqueles que não comungariam com o desejo de salvação das almas, com o desejo da evangelização (Fp.2:28).  

- O próprio apóstolo já dissera aos filipenses que muitos estavam a pregar o Evangelho em Roma não por amor ou por dedicação à causa do Senhor, mas, única e exclusivamente, para acrescentar ao apóstolo aflições às suas prisões (Fp.1:17), agindo por inveja, porfia e contenção (Fp.1:15,17).  

- Isto que ocorreu com o apóstolo em Roma, ocorreria em Filipos e continua a ocorrer em nossos dias em todas as igrejas locais. Lamentavelmente, no meio dos verdadeiros e genuínos cristãos, existem falsos irmãos, que não são espirituais, que não são guiados pelo Espírito Santo, mas que se intrometem no meio dos servos de Deus para perturbar o povo de Deus.  

- Tais pessoas não têm o Espírito, são sensuais, causam divisões (Jd.19) e não produzem o fruto do Espírito, mas tão somente as obras da carne (Gl.5:19-21), entre as quais se encontram a inveja, a porfia e a contenção. 

Não podemos, pois, nos escandalizar quando encontrarmos resistência no meio da igreja local quando estamos tão somente a querer fazer cumprir a vontade do Senhor.  

- Esta resistência não vem apenas “de fora” da igreja, mas, também, vem “de dentro” dela, visto que há muitos que entre nós estão mas que não são verdadeiros e genuínos servos do Senhor, máxime nos dias de apostasia que estamos a viver. São pessoas que deram ouvidos a espíritos enganadores, a doutrinas de demônios e que, por isso, apostataram da fé (I Tm.4:1), pessoas que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, seguindo as suas dissoluções e causando a blasfêmia do caminho da verdade (I Pe.2:1,2).  

- Não devemos nos espantar com a resistência que surgir quando nos dispormos a cumprir a vontade do Senhor, a nos portar dignamente conforme o evangelho de Cristo, pois isto é a reação das hostes espirituais da maldade contra a nossa postura decidida de servir a Deus autêntica e verdadeiramente.  

- Quando há tal resistência, muitas vezes inesperada por nós pelo menos no que toca a quem se levanta contra nós, o apóstolo Paulo afirma que se trata de um “atestado de autenticidade” de nossa fé. A resistência é um indício de perdição para o que resiste a Deus, mas um indício de salvação para aquele que sofre a resistência. É algo que vem da parte de Deus como que autenticando a nossa fé e o nosso compromisso com Ele.  

- Não nos esqueçamos do que nos disse o Senhor Jesus, ou seja, de que, quando todos estiverem falando bem de nós, devemos “acender um sinal amarelo” em nossa vida espiritual, pois não é esta a atitude que se espera dum verdadeiro servo do Senhor, visto que um tratamento desta maneira só foi dispensado aos falsos profetas (Lc.6:26).  

- A ausência de resistência ao que eventualmente fizermos na obra do Senhor é um mal indicador, um indicador de que estamos a proceder de acordo com o curso deste mundo, que não estamos a incomodar as hostes espirituais da maldade, que estamos a agradar a carne e a sua concupiscência. Quando, entretanto, agimos contra tudo isto, certamente virá a resistência e a perseguição, como estava a mostrar o próprio apóstolo encarcerado.  

- Paulo é bem claro aos filipenses, dizendo que a sua participação no corpo de Cristo, a sua comunhão com o Senhor, não só fazia com que eles cressem em Jesus, como também que padecessem com Ele (Fp.1:29).  
- Muitos, em nossos dias, querem ter comunhão com Jesus, querer fazer parte da Sua Igreja, do Seu corpo, mas tão somente para crer n’Ele e, mediante a fé, alcançar as bênçãos prometidas na Sua Palavra. Entretanto, estar “em Cristo Jesus” significa, também, participar das aflições do Senhor Jesus, participar do Seu sofrimento, do Seu vitupério (Fp.3:10; Hb.11:26; 13:13). 

- Ser um com o Senhor Jesus, que é o objetivo traçado por Cristo na Sua obra salvífica (Jo.17:21), significa pertencer àquele corpo que foi açoitado, cuspido, humilhado e martirizado para nos salvar. O verdadeiro discípulo de Jesus é injuriado, perseguido, caluniado por causa do Senhor (Mt.5:11).  

- Os filipenses deveriam estar prontos para sofrer por causa do Evangelho, se é que queriam ter um comportamento digno conforme o evangelho de Cristo. Somente poderemos participar da glorificação com o Senhor Jesus se, como Ele, antes passarmos pela humilhação e pelo sofrimento. Antes de subirmos ao céu, devemos, também, passar pelo Getsêmane e pelo Calvário. Estamos dispostos a isto?  

- O escritor aos hebreus bem demonstrou que o caminho percorrido pelo Senhor Jesus exige o desprezar da afronta e suportar tal passagem pelo gozo que nos está proposto (Hb.12:2). Somente seremos imitadores de Jesus se tivermos a galhardia de enfrentar a oposição, suportá-la e, confiando e esperando no Senhor, amando- O e ao próximo, superá-la no dia final.
  
- Por isso, Paulo recomendou aos filipenses que tivessem o mesmo combate que viam existir na própria vida do apóstolo. Não era apenas para que os filipenses se condoessem com a situação do apóstolo e, por causa disso, contribuíssem para a sua sobrevivência, tanto material como espiritual. Era, sem qualquer sombra de dúvida, importante que os filipenses participassem das aflições do apóstolo, pois, assim, o combate seria conjunto pela fé do evangelho.  

- No entanto, mais do que condoer-se, ajudar financeiramente e interceder nas orações pelo apóstolo, os crentes de Filipos deveriam, também, estar prontos para passar pelo mesmo sofrimento, pelo mesmo combate, estando prontos a sofrer por causa do Evangelho, sabendo que isto faz parte da vida cristã. 

- Não há vida cristã sem cruz, é esta a conclusão a que chega o apóstolo Paulo ao falar de como deve ser o porte digno conforme o evangelho de Cristo. Temos aqui já a falácia da teologia da prosperidade e da teologia da confissão positiva de nossos dias, onde se procura construir uma vida cristã sem sofrimentos, uma vida cristã sem combate, uma vida cristã sem cruz.  

- Paulo é claríssimo ao mostrar que, se estamos em comunhão com o Senhor, todos n´so também temos de participar de Seu sofrimento. Por isso, razão tem o poeta sacro Antônio Almeida, ao dizer que devemos amar a mensagem da cruz, levando a cruz até que a troquemos por uma coroa (coro do hino 291 da Harpa Cristã).  

- Não é por outro motivo que, ao final de sua peregrinação terrena, o apóstolo Paulo vai dizer que havia combatido o bom combate, acabado a carreira e guardado a fé e que estava apenas a aguardar a coroa da justiça, que não só ele receberá, mas todos quantos amarem a vinda do Senhor (II Tm.4:7). É este o sentimento que temos, amados irmãos? Será que temos o comportamento digno aludido por Paulo aos filipenses? Pensemos nisto!  

IV – O DESEJO DE PAULO PARA COM OS CRENTES FILIPENSES  

- Adentrando agora ao segundo capítulo, o apóstolo continua a dizer o que desejava ver na vida dos crentes de Filipos, a quem esperava, conforme vimos no término do primeiro capítulo, que combatessem, como ele próprio, sobre a face da Terra.  

- Paulo desejava que os crentes filipenses tivessem o mesmo ânimo, o mesmo amor, o mesmo sentimento que tinha o apóstolo (Fp.2:2). Assim agindo, os filipenses completariam o gozo de Paulo.  

- Mais uma vez notamos que o apóstolo Paulo não estava pensando apenas em se livrar da prisão, não tinha como objetivo tão somente escapar das cadeias e da ameaça da morte em Roma, mas tinha por finalidade ver cumprida a vontade de Deus, era este o seu desejo acima de qualquer coisa.  

- Paulo diz que seu gozo somente seria completo, somente seria perfeito se, além de se livrar da prisão, pudesse ir novamente a Filipos e encontrar aqueles crentes com o mesmo sentimento que ele mesmo possuía, o mesmo ânimo em servir a Deus, o mesmo amor a Deus e ao próximo, que tivessem comunhão com o apóstolo e, portanto, com o Senhor.  

- Quando estamos servindo a Deus em sinceridade, temos comunhão uns com os outros. Esta comunhão faz com que tenhamos todos o mesmo sentimento, o mesmo amor e o mesmo ânimo. Não é possível sermos irmãos em Cristo Jesus e não termos esta comunhão.  

- O próprio Senhor Jesus nos advertiu que temos de estar todos ligados n’Ele, como as  varas que estão ligadas na videira (Jo.15:5), pois o próprio Senhor disse ser a videira verdadeira (Jo.15:1).  

- Se somos como varas da videira, não podemos, pois, ter outra essência que não a “seiva” mandada pelo Senhor, o Seu amor que é derramado em nós pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm.5:5). Em sendo assim, como, então, podermos dizer que não temos o mesmo sentir dos demais cristãos, e ainda assim, dizer que estamos em comunhão com o Senhor? Pensemos nisto!  

- Esta comunhão é descrita como um estado em que há “conforto em Cristo” (Fp.2:1). Estamos em comunhão com o Senhor quando sentimos conforto, ou seja, como diz a Nova Versão Internacional, quando sentimos “motivação” em Cristo. Jesus Cristo nos conforta, sentimo-nos bem em fazer a Sua vontade? Temos alegria em vermos a vontade de Deus se cumprindo em nossas vidas? É esta a razão de ser de nossa existência? Se a resposta for afirmativa, temos, sim, “conforto em Cristo”, um indicador de que estamos em comunhão com Ele e com os salvos, com a Sua Igreja.  

- Mas, além do “conforto em Cristo”, o apóstolo afirma que um outro indicador da comunhão com o Senhor é a “consolação de amor”, que a Nova Versão Internacional traduz por “exortação de amor” ou a Bíblia de Jerusalém por “consolação, que há no amor”.   

- Quando estamos em comunhão com o Senhor, também somos consolados pelo amor, ou seja, pelo próprio Senhor, que é amor (I Jo.4:8). O amor de Deus que é derramado em nossos corações também nos consola, de tal modo que, apesar de todas as dificuldades, podemos prosseguir nossa jornada, sabendo que Deus nos ama e que provou este amor para conosco porque Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8).  
- Todas as aflições do tempo presente não são capazes de nos impedir de marchar rumo à direção determinada pelo Senhor, porque sabemos que Ele nos ama e que quer sempre o melhor para nós, em especial nos preparando um lugar para com Ele morarmos para sempre nas mansões celestiais (Jo.14:2,3). 

- Por isso, o apóstolo não temia a morte e até desejava partir e estar com Cristo, pois isto lhe era muito melhor (Fp.1:23), mas, tendo já recebido a revelação da parte de Deus de que ainda não era chegado o seu momento da partida, queria, ao avistar novamente os crentes de Filipos, ter a convicção de que eles também tinham este mesmo desejo de partir com Cristo, ter este mesmo sentimento de consolação no amor de Deus.  

- Outro ponto de demonstração de comunhão com o Senhor era a “comunhão no Espírito”. Não há verdadeira comunhão com o Senhor, se não tivermos comunhão no Espírito, pois o Espírito é quem glorifica o Senhor Jesus (Jo.16:14).  

- A comunhão no Espírito exige de cada um que sejamos devidamente guiados pelo Espírito, dirigidos por Ele, em toda a verdade (Jo.16:13; Rm.8:1,14). Quem não tem o Espírito de Cristo não é do Senhor Jesus (Rm.8:9).  

- Quando temos comunhão no Espírito, não andamos mais segundo a carne, ou seja, não damos vazão à natureza pecaminosa que ainda habita em nós, não estamos a viver segundo nossos instintos, segundo este mundo, mas a viver de acordo com a direção recebida da parte do Senhor, segundo a Sua Palavra, pois o Espírito é Espírito de verdade, que nos guia segundo a verdade, ou seja, segundo a Palavra de Deus (Jo.17:17).  

- Reside aqui, aliás, uma forte indicação se estamos diante de alguém que é verdadeiramente um cristão ou apenas um falso cristão, alguém que está no meio do povo de Deus mas a ele não pertence. Por isso, o Senhor Jesus disse que pelos frutos n´s conheceríamos os Seus discípulos (Mt.7:15-20).  

- Paulo não titubeia em dizer que desejava que os crentes de Filipos tivessem esta “comunhão no Espírito” que ele mesmo possuía e o que fazia se alegrar mesmo diante de uma situação tão difícil como a que enfrentava preso em Roma. Isto porque sabia o apóstolo que tal circunstância era querida pelo Senhor e que se encontrava ele na direção e orientação do Espírito Santo.  

- Temos também esta convicção que tinha o apóstolo e que ele desejava que existisse entre os crentes de Filipos? Somos guiados pelo Espírito Santo? Temos prazer em andar segundo o Espírito? Ou será que a carne já tem tomado conta de nossas vidas, fazendo com que desagrademos a Deus?  

- Por fim, outro fator que indicava a comunhão com o Senhor eram os “entranháveis afetos e compaixões” (Fp.2:1), que a Nova Versão Internacional chama de “profunda afeição e compaixão”e a Bíblia de Jerusalém, por “toda ternura e compaixão”.   

- Aqui, sem dúvida alguma, o apóstolo tinha certeza de que tal característica estava presente na igreja em Filipos, pois, conforme vimos já na lição 1, era esta uma peculiaridade, uma nota distintiva existente naquela igreja, especialmente em relação ao apóstolo dos gentios.  

- Quem tem comunhão com o Senhor sempre demonstra “profunda afeição e compaixão’, ou seja, demonstrar amor ao próximo, é capaz de se pôr no lugar do próximo e sentir-lhe as dores e dramas, estando disposto a minorar-lhe o sofrimento, a querer e fazer o bem ao outro.  

- O amor ao próximo é um reflexo concreto e palpável de quem tem o amor a Deus (I Jo.4:20) e somente teremos real comunhão com o Senhor se demonstrarmos afeto e compaixão ao próximo, próximo este que é qualquer um, como Jesus deixou claro na parábola do samaritano, contada precisamente para responder a uma indagação a respeito de quem seria o nosso próximo (Lc.10:25-37).  

- Paulo desejava ardentemente que os crentes de Filipos tivessem comunhão com o Senhor. É este o desejo que deve estar no coração de todos quantos são incumbidos pelo Senhor de apascentar o Seu rebanho, de evangelizar as pessoas. Tem sido este o desejo dos ministros do Evangelho em nossos dias? Pensemos nisto!  

- Estamos, então, diante da quarta alegria da carta aos filipenses, que, por isso mesmo, é chamada pelos estudiosos da Bíblia como “a carta da alegria”. Trata-se da “alegria da fraternidade cristã”. “…Havia em Filipos uma tendência religiosa perigosa, a da fragmentação da Igreja em partidos. Paulo reúne todos os elementos que contribuem para união de vida e de amor entre os irmãos, e ainda acrescenta o exemplo supremo de humildade, o da descida de Cristo do trono até a cruz, num esforço de combater o espírito partidário. E afirma que o que vai completar a sua alegria é que os filipenses sejam de fato unidos de alma. Verdadeiramente, nada há que complete a nossa alegria mais do que isso, contemplar a união da igreja local, união essa que resulta de amor e de humildade, a fim de que ‘cada um considere os outros superiores a si mesmo’ (v.3). Pode haver maior alegria?!…” (SENA NETO, José Barbosa de. Carta aos filipenses: a carta da alegria! Disponível em: http://prbarbosaneto.blogspot.com.br/2008/01/carta-aos-filipenses-carta-da- alegria.html  Acesso em 29 maio 2013).  

- Depois de ter dito o que completaria o seu gozo, o apóstolo Paulo exortou os crentes de Filipos a que nada fizessem por contenda ou por vanglória, mas por humildade (Fp.2:3).  

- Paulo, ao falar do que esperava ver na vida dos crentes filipenses, quando fosse outra vez a eles, falou de aspectos interiores dos seres humanos, não atentando para a aparência ou para o exterior. Não disse que esperava ver uma igreja financeiramente abastada, nem tampouco que os crentes tivessem uma boa posição social, mas, sim, que eles estivessem em comunhão com o Senhor, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa (Fp.2:2).  

- O apóstolo reforça, então, a necessidade que houvesse união entre os crentes a fim de que pudessem eles construir uma unidade, fundamental para que um grupo de sedizentes crentes seja, realmente, uma parcela da Igreja edificada por Cristo Jesus.  

- Esta união, que daria ensejo à construção da unidade, no entanto, deveria resultar em atitudes concretas, pois, como sabemos, o amor não é meramente um sentimento, mas, muito mais do que isto, um comportamento, uma conduta que é demonstrada por ações concretas e efetivas (Tg.2:14-17; I Jo.3:18).
  
- Apesar de ter de se valer de atitudes concretas, o apóstolo faz questão de mostrar aos filipenses que estas atitudes concretas e efetivas, que se revelam na realidade exterior, de nada valem se não forem produzidas de coração, ou seja, com uma intenção pura e sincera de agradar a Deus, de fazer a vontade do Senhor. 

- O apóstolo já havia revelado aos filipenses que alguns pregadores do Evangelho que haviam se levantado em Roma, apesar de estar a pregar a Palavra de Deus e tal pregação resultar em salvação de almas, estavam a realizar uma obra que não era agradável a Deus, pois estes pregadores o faziam por inveja, porfia e contenção (Fp.1:15,17), pessoas que, ao agirem desta maneira, davam mostras de que estavam a resistir ao Senhor e, como tal, estavam dando indícios de que se perderiam espiritualmente (Fp.1:28).  

- Paulo, então, deseja que os crentes de Filipos fossem pessoas que fizessem a vontade do Senhor mas não apenas de aparência, de forma exterior, mas que o fizessem de coração, voluntariamente, sem segundas intenções, que quisessem apenas agradar ao Senhor.  

- Para tanto, não poderiam fazer coisa alguma por contenda, ou seja, não poderiam fazer algo que, aparentemente, fosse do agrado do Senhor mas tão somente com o desejo de contender, ou seja, lutar contra alguém, competir com alguém, como, aliás, lamentavelmente se faz nos dias de hoje, dias de intensa competição.  

- A contenda é um elemento que demonstra que não há comunhão entre as pessoas, que não se está debaixo da chamada divina, como se vê, por exemplo, no episódio entre os pastores de Abrão e de Ló (Gn.13:7), contenda esta que revelou a própria circunstância de que Ló não se encontrava incluído na chamada divina para Abrão (Gn.12:1). O próprio patriarca disse a seu sobrinho que a contenda não é atitude adequada a irmãos (Gn.13:8).  

- No episódio de Massá e Meribá, quando o povo endureceu o seu coração contra o Senhor, houve uma verdadeira contenda contra Deus (Ex.17:7) (a palavra “Meribá” significa exatamente “contenda”), endurecimento de coração que selou o destino de Israel impedindo-o de receber a promessa de Abraão e o submetendo à lei mosaica, algo que não podemos praticar neste tempo da graça (Sl.95:7,8; Hb.3:15; 4:7).  

- Por isso, a contenda é uma característica de quem rejeita a Deus, de quem é soberbo, pois, como diz o proverbista, da soberba só provém a contenda (Pv.13:10) e quem levanta a contenda é o homem perverso (Pv.16:28). O amante da contenda é, simultaneamente, amante da transgressão (Pv.17:19), prova de que quem a pratica ou faz as coisas por contenda jamais será alguém que tenha o Espírito Santo, alguém que sirva a Deus.  

- Paulo não queria que os crentes de Filipos fizessem algo por contenda pois isto seria uma prova de que eles haviam se perdido espiritualmente, algo que o apóstolo jamais desejaria àqueles que, um dia, haviam crido em Cristo Jesus.  

- Mas o apóstolo também pedia aos filipenses que nada fizessem por vanglória, ou seja, que nada fizessem para serem vistos pelos homens, a exemplo dos fariseus (Mt.23:5). Pessoas que querem a glória para si e não para o Senhor. Pessoas que amam mais a glória dos homens que a glória de Deus (Jo.12:43). Quem age por vanglória não serve a Deus, preferindo posição nas instituições humanas (Jo.12:42), agindo em sentido diametralmente oposto a Cristo (Jo.5:41).  

- Quem age por vanglória rebela-se contra Deus, que não divide a Sua glória com pessoa alguma (Is.48:11). O Senhor Jesus, neste mundo, viveu única e exclusivamente para glorificar o Pai, enquanto o Pai glorifica o Filho (Jo.17:1), Filho que é também glorificado pelo Espírito Santo (Jo.16:14). Nenhuma Pessoa Divina glorifica-Se a Si próprio e todo aquele que está em comunhão com a Trindade também não pode buscar glória para si.  

- Por isso, o apóstolo Paulo mandava aos filipenses que considerassem os outros superiores a si mesmos, não atentando para o que era propriamente seu, mas cada qual também para o que era dos outros (Fp.2:3,4).  Ao contrário do individualismo existente em nossos dias, o apóstolo diz, claramente, que os verdadeiros e genuínos salvos em Cristo Jesus são altruístas, não buscam coisa para si, mas, sim, para o outro. 

- Paulo esperava ver em Filipos o mesmo altruísmo que vira em Epafrodito que, tendo vindo trazer recursos para o apóstolo, chegou mesmo a adoecer para que o apóstolo não ficasse sem o mínimo necessário para a sua sobrevivência (Fp.2:27,30), pois muito provavelmente, ao ver a necessidade do apóstolo, abriu mão daquilo que lhe fora dado para sua própria subsistência durante sua estada em Roma, em benefício do apóstolo.  

Fudas