terça-feira, 1 de julho de 2014

TIAGO - A FÉ QUE SE MOSTRA PELAS OBRAS









                                                 



TEXTO ÁUREO
 “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17).

VERDADE PRATICA
A nossa fé tem de produzir frutos verdadeiros de amor, do contrário, ela se apresenta falsa.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Tiago 2.14-26

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
·                    Descrever as questões de autoria, local, data e destinatário da epístola.
·                    Entender o propósito da epístola.
·                    Destacar a atualidade da epístola.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Fé: Confiança absoluta em alguém. A primeira das três virtudes teologais: fé, esperança e amor.

Durante três meses iremos estudar a carta de Tiago que difere das outras cartas do Novo Testamento pelo seu estilo, conteúdo e apresentação. A carta demorou a ser incluída no cânon do Novo Testamento. Martinho Lutero descreveu-a como uma epístola de palha. Mas todos, que confiando em sua inspiração divina e no fato que é a Palavra de Deus, serão ricamente compensados pela meditação e aplicação à vida de suas palavras. Agostinho confessou para Deus: “O que tuas Escrituras dizem, tu dizes!”. Kierkegaard tinha Tiago como sua Escritura predileta.
A carta de Tiago é um dos livros mais atuais e necessários para a igreja contemporânea.  Tiago é comparado ao sermão do monte. Ele tem princípios práticos. Ele tange os grandes temas da vida cristã de forma clara, direta e rica. Tiago está preocupado com a prática do cristianismo.
Para ele não basta ter um credo, fazer uma profissão de fé ortodoxa, é preciso viver de forma digna de Deus.
O estudo deste livro desafiará você a fazer um balanço de sua vida, um diagnóstico de sua experiência cristã.  É impossível colocar-se diante do espelho deste livro sem identificar a necessidade de sermos corrigidos por Deus.

I- AUTORIA, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS (Tg 1.1)
1. Autoria. O prefácio indica que o autor da Epístola de Tiago foi Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo.  Mas quem era esse Tiago?  Dos quatro principais indivíduos que tinham esse nome no Novo Testamento, só dois foram apresentados como possíveis autores desta epístola - Tiago, filho de Zebedeu, e Tiago, o irmão do Senhor. O primeiro é um candidato improvável.  Sofreu o martírio em 44 A.D., e não há nenhuma evidência de que ocupasse posição de liderança na igreja, que lhe desse a autoridade de escrever esta carta geral.  Embora Isidoro de Sevilha e Dante achassem que ele foi o autor do livro, esta identidade não tem sido largamente aceita em nenhum período da igreja.
A opinião tradicional identifica o autor como sendo Tiago, o irmão do Senhor.  A semelhança da linguagem da epístola com as palavras de Tiago em Atos 15, a forte dependência do escritor da tradição judia, e a consistência do conteúdo de sua carta com as notícias históricas que o Novo Testamento dá em relação a Tiago, o irmão do Senhor, tudo tende a apoiar a autoria tradicional.
2. Local e data. Muitas são as opiniões prevalecentes sobre a data de Tiago. Aqueles que aceitam a autoria tradicional costumam datá-la entre o meio dos anos quarenta e o começo de sessenta (exatamente antes da morte de Tiago). Já foi datada tardiamente, como 150 A.D., por aqueles que defendem a teoria do "Tiago desconhecido" ou de um pseudônimo.
Embora não possamos ser dogmáticos a respeito da época em que foi escrita, um número de fatores apontam para uma data mais precoce. As condições sociais reveladas na epístola, especialmente a separação aguda existente entre os ricos e os pobres, sugere uma data antes da destruição de Jerusalém. A escatologia revelada também aponta para uma data precoce. A expectativa da volta do Senhor aumenta de intensidade com o que foi encontrado em I e II Tessalonicenses.
A passagem mais difícil para datar o livro é a famosa passagem que fala da fé e das obras (Tg. 2.14-26). Para entender estes versículos o leitor deve se familiarizar com certas fórmulas paulinas; por isso é difícil crer que o autor de 2.14-26 estivesse refutando Paulo. Isto envolveria uma quase inconcebível má interpretação da doutrina paulina da justificação pela fé. A passagem se explica melhor como ocasionada por uma má interpretação de Paulo, não da parte do autor da epístola, mas da parte dos seus leitores. Tal má interpretação teria mais provavelmente surgido bem no início do ministério de pregação pública de Paulo. De acordo com o livro de Atos, a primeira pregação pública mais extensa de Paulo aconteceu em Antioquia (Atos 11.26). O ministério de um ano aconteceu antes da visita por ocasião da fome em Jerusalém em cerca de 46 (cons. Atos 11.27-29; Gl. 2.1-10) e a perseguição herodiana em 44. Quanto tempo se passou até que a má interpretação e a aplicação errônea da doutrina da justificação pela fé apresentada por Paulo chamasse a atenção de Tiago, não sabemos. A vista do fato dos judeus, cristãos e não cristãos, de todo o mundo mediterrâneo, estarem constantemente se movimentando para Jerusalém e fora dela, provavelmente não foi muito tempo depois. Uma data em cerca de 44 para a epístola, durante ou imediatamente a perseguição herodiana, se encaixaria melhor em todos os fatores conhecidos.
Embora um número de sugestões opostas tenham sido apresentadas de vez em quando, poucas são as dúvidas de que Tiago a escreveu na Palestina. Especialmente pelo colorido sugerido, o escritor indica que ele é um palestiniano (cons. 1.10, 11; 3.11, 12; 5.7).
3. Destinatário. Essa carta foi dirigida às “doze tribos dispersas” entre as nações (literalmente “na dispersão/Diáspora”; 1.1). Essa referência é claramente simbólica, se considerarmos que a estrutura tribal de Israel havia cessado de ser um conjunto literal de doze tribos desde pelo menos a conquista Assíria do Reino do Norte em 722 a.C. A questão que se apresenta, então, é: Até que ponto Tiago estende aos seus leitores os elementos metafóricos de sua designação?
A interpretação mais “literal” da saudação é que cópias dessa carta foram enviadas aos judeus (às “doze tribos”) que estavam vivendo fora da Palestina (“dispersos entre os gregos”; cf. Jo 7.35). No entanto, levando em conta que a carta obviamente não representa um tratado evangelístico destinado a converter os judeus ao cristianismo, esse entendimento pode ser rapidamente excluído. Os destinatários são apresentados como já possuindo a fé em Jesus Cristo (2.1) e, sendo assim, a linguagem a respeito das “doze tribos” é geralmente aceita como simbolizando a crença de que os cristãos são agora o povo de Deus, e formam o novo Israel ou o Israel espiritual.
Como deveríamos compreendera descrição literária de estarem “dispersos”? Sabemos que alguns dos primeiros cristãos consideravam-se como o povo escolhido de Deus, que havia sido “disperso” ou “espalhado” através de um mundo mau, e que ansiavam retornar ao seu lar espiritual ao lado de Deus (1 Pe 1.1; cf. Fp 3-20; Hb 11.13; 13.14). Embora Tiago estivesse preocupado com as diferenças entre o que é “terreno” e o “que vem do alto” (3.15), ele não desenvolve especificamente essa imagem dos cristãos como alienígenas espirituais em um mundo cruel. Consequentemente, alguns intérpretes que adotam a opinião tradicional sobre a sua autoria sugeriram que a carta foi enviada de Jerusalém aos cristãos que haviam sido dispersos pela perseguição (cf. At 8.1; 11.19,20). Novamente, porém, a história da demora na aceitação da carta no cânon não vem em apoio a essa conclusão que, desde o início, foi amplamente divulgada.
Nossos comentários adotam a posição de que Tiago não só se referiu a seus leitores como uma “Diáspora” no sentido metafórico, mas que nessa carta ele também desenvolveu a metáfora de uma forma bastante particular. Tiago acreditava que seus leitores haviam se tomado “dispersos” por terem se “desviado da verdade” (5-19)-O que era exatamente aquela “verdade” da qual haviam se extraviado, e como Tiago esperava recuperá-los de seu erro (5.20), será discutido abaixo (veja “Propósito”). Porém, como Tiago tinha conhecimento e preocupações muito especiais a respeito dos destinatários, é provável que a carta tenha sido dirigida a uma única congregação, com a qual mantinha um relacionamento pessoal.
As evidências já discutidas em relação à origem e à data da carta sugerem que essa congregação estava localizada em algum lugar da região da Palestina. Em vista da variedade das questões discutidas nessa breve carta — inclusive assuntos relacionados à classe rica, pobre e de mercadores (2.1-9,15,16; 4.13-15; 5-1-6) — a Igreja parece ter abrangido um significativo âmbito da sociedade, pelo menos em seus contatos, se não também no tocante a seus membros. Pode, inclusive, ter havido algumas tensões dentro da congregação a respeito de assuntos relacionados à posição social e autoridade (3.1,2; 4.1,11 12).

II - O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA DE TIAGO
1. Orientar. Tiago observa que a fé precisa crescer juntamente com as estaturas física do cristão. Não é possível que uma fé cresça sem que ela seja alimentada ao longo da vida pois, ao contrário, vai ficando subnutrida e raquítica com o mínimo de alimento que lhe é oferecida, ou até, chega a desfalecer no coração. Por isso esta carta traz verdadeiras orientações espirituais a fim de que os cristãos primitivos possam crescer a cada dia. Da mesma forma que, para chegar a uma faculdade é preciso cursar o Ensino Fundamental e Médio, a fim de que tenhamos conhecimentos básicos para acompanhar um curso superior, assim também acontecia com a vida daqueles cristãos, eles precisavam de ensinos básicos sobre o cristianismo e aprofundamento da fé, como veremos nas lições seguintes.
2. Consolar. A palavra "consolar", aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição. Tiago aqui desempenha esse papel, pois Ele envia esta epístola trazendo-lhes palavras de consolo. O apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste. DEUS, às vezes, permite que haja aflições em nossa vida, a fim de que, tendo experimentado seu consolo, possamos também consolar outros nas suas aflições. Nosso sofrimento não é primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por Satanás, pelo mundo e pelos falsos crentes, à medida que participamos da causa de CRISTO.
No Salmo 119.143, Davi nos ensina que a palavra de Deus sempre é mais forte que a angústia: "Sobre mim vieram tribulação e angústia, todavia os teus mandamentos são o meu prazer". A angústia está presente, mas a alegria na palavra de Deus é maior. Uma outra tradução diz: "Tribulação e angústia me atingiram, mas os teus mandamentos são o meu prazer"(NVI). O poder de Deus também sempre é maior do que a angústia: "Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salva" (Sl 138.7 ARA). No Novo Testamento, Paulo confirma essa gloriosa verdade: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?... Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor!" (Rm 8.35; 38-39).
3. Fortalecer. Nos tempos do Império Romano, o culto aos deuses pagãos e ao imperador fazia parte da vida de todo o mundo. Dois problemas surgiam disto. Primeiro, porque eles não participavam dos rituais pagãos, mas tendiam a se isolar, os cristãos eram considerados anti-sociais. Quando a polícia imperial interessou-se por eles, eles se tornaram mais reservados, o que acrescentou ainda mais combustível à fogueira. Eles foram associados aos collegia – clubes ou sociedades secretas – e os líderes suspeitavam desses grupos, devido à ameaça de sedição. Em segundo lugar, visto como os cristãos não queriam participar das atividades religiosas que, conforme se acreditava, aplacavam os deuses, eles tornaram-se uma ameaça à própria felicidade da comunidade. Diante de tudo isso as perseguições começaram a surgir.
Uma das partes mais difíceis da vida cristã é o fato de que se tornar um discípulo de Cristo não nos torna imunes a provações e tribulações da vida. As provações e tribulações que Ele permite em nossas vidas fazem parte de tudo que coopera para o nosso bem. Portanto, para o crente, todas as provações e tribulações devem ter um propósito divino. O apóstolo escrevia a sua epístola também com o propósito de conscientizá-los desta verdade afim de que eles tenham a sua fé fortalecida.

III - ATUALIDADE DA EPÍSTOLA
1. Num tempo de superficialidade espiritual. Parece que Tiago via a assustadora superficialidade espiritual do chamado povo de Deus em relação ao que está acontecendo no meio da Igreja Evangélica dos dias atuais. Num passado não muito distante, o crente era conhecido pelo seu vocabulário, pela forma de se vestir e pela sua postura ética. Hoje o que vemos é um grande número de pessoas dizendo-se cristãs, mas vivendo sem nenhum compromisso com Deus, interessadas apenas em seu bem estar, correndo atrás da prosperidade, não para abençoar outros irmãos, mas porque estão pensando apenas em si mesmas.
Escândalos após escândalos relacionados a dinheiro e sua gestão no ambiente da chamada “fé” aumenta o buraco da indiferença, do cinismo, da mornidão espiritual, do deboche, do escárnio, da irreverência da falta de amor, da omissão e muitas vezes traz a morte da esperança.
A Igreja atual está cheia de um povo sem fidelidade a Deus, um povo sem Bíblia, sem compromisso com a verdade. O que muitos levam para a igreja é uma sacola contendo garrafa de água ou roupa de alguém para “benzer”. Consequentemente a igreja formada por este tipo de pessoas torna-se uma instituição sem doutrina, sem raízes, caracterizada pela rotatividade dos membros. A porta dos fundos acaba sendo maior que a da frente.
Infelizmente o que vemos são pessoas que sequer são religiosas, mas possuem uma ética comportamental melhor que a de muitos cristãos. O que vemos são empresários cristãos, dignos, evitando contratar seus “irmãos em Cristo”, em razão do mau testemunho que apresentam.
Jesus disse que o joio cresceria no meio do trigo. Tem joio demais na igreja de hoje. A liderança precisa tomar uma posição, voltar a refletir o temor de Deus. A liderança precisa voltar a profetizar “assim diz o Senhor” e não o que temos ouvido de muitos, “assim dizem os senhores”, grandes dizimistas ou detentores de algum tipo de poder natural.
Boa parte da liderança e crentes de hoje, estão trocando seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas. São os vendilhões do templo, trocam o eterno pelo passageiro. A igreja está adoecida, em razão de sua própria promiscuidade e superficialidade espiritual.
Precisamos devolver o lugar da Bíblia na Igreja. Mas Bíblia pura, precisamos voltar à Palavra, precisamos de líderes que tenham coragem de dizer: isto é pecado! A Igreja precisa ser uma igreja pura, que reflita o amor de Deus. Formada por verdadeiros redimidos, por gente comprometida com Deus, que ama mais a Cristo que a própria vida e não mais a própria vida que Cristo.
2. Num tempo de confusão entre “salvação pela fé” ou “salvação pelas obras”. As escrituras ensinam claramente que somos salvos (justificados) pela fé em Cristo e o que Ele fez na cruz. Somente essa fé nos salva. Porém, não podemos parar aqui sem averiguar o que Tiago diz em Tiago 2.24, "Vedes então que é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé."
Tiago começa essa parte usando um exemplo de alguém que diz ter fé, mas não tem obras. "Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?" (Tiago 2.14 AR). Em outras palavras, Tiago está tratando de uma fé morta, uma fé que não é nada mais do que um pronunciamento verbal, uma confissão pública vinda da mente, que não vem do coração. É vazia, sem vida e sem ação. Ele começa com essa negação, e demonstra o que uma fé vazia significa (versículos 15-17, palavras sem ações).
Em suma, Tiago está examinando dois tipos de fé: uma que leva a obras de Deus, e uma que não leva. Uma é verdadeira, outra é falsa. Uma é morta, outra é viva; daí "a fé sem as obras é estéril" (Tiago 2.20 AR). Porém, ele não está contradizendo os versículos acima que dizem que salvação e justificação são alcançadas somente pela fé.
Além disso, note que Tiago cita o mesmo versículo que Paulo cita em Rm 4.3 juntamente com vários outros versículos que lidam com justificação pela fé. Tiago 2.23 diz, "E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus". Se Tiago estivesse tentando ensinar uma doutrina sobre fé e obras que estivesse em contradição com os outros escritores do Novo Testamento, ele não teria usado Abraão como exemplo. Logo, podemos ver que justificação é somente pela fé, e que Tiago estava falando a respeito de uma fé falsa, e não de uma fé verdadeira, quando ele diz que não somos justificados somente pela fé.
3. Uma fé posta em prática. A mensagem de Tiago é direta , objetiva e acima de tudo prática. Diferente das epístolas de Paulo, Pedro e João, a carta de Tiago não inclui saudações pessoais. As exortações começam no segundo versículo e continuam até o último.
Os temas abordados nos cinco capítulos de Tiago são diversos, todos focando a importância de viver a prática da fé:
Capítulo 1 enfatiza as atitudes certas diante de provações e tentações e chama os leitores a serem praticantes, e não apenas ouvintes, da palavra do Senhor.
Capítulo 2 aborda dois assuntos: (1) a condenação de preconceitos socioeconômicos na igreja e (2) a necessidade de obras que demonstram a autenticidade da fé.
Capítulo 3 apresenta uma das advertências mais fortes do Novo Testamento sobre o uso errado da língua e nos chama a buscar a sabedoria divina.
Capítulo 4 condena várias atitudes carnais que atrapalham o serviço a Deus.
Capítulo 5 encerra a epístola com várias instruções que exigem uma perspectiva eterna e espiritual, e não materialista e carnal.
Encontramos em Tiago instruções simples, diretas e valiosas. Tratando das provações, ele disse: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações: Sabendo que a prova da vossa fé obra a paciência.” (Tiago 1:2-3). Sobre a obediência à palavra de Deus, Tiago escreveu: “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” (Tiago 1.22). E para combater a noção de salvação pela fé sem a obediência, acrescentou: “Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé...Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2.24,26).
Tiago mostrou sua preocupação com o perigo de alguém abandonar a fé em Cristo, e encerrou a carta com orientações sobre o resgate dos desviados: “Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.” (Tiago 5.19-20).
Do começo ao fim, o livro de Tiago apresenta instruções práticas que podem e devem ser aplicadas em nossas vidas a cada dia.

CONCLUSÃO
Para a fé funcionar, devemos deixar Deus obrar a sua verdade dentro de nós! Não é o suficiente saber o que o Senhor diz e concordar com Ele. Um campo inculto é aquele em que não há lavoura, nem plantio, ou colheita, e Deus não deixa que Seus campos permaneçam vazios.
Fé em ação é um como a terra que está sendo lavrada, plantada e colhida pela Palavra e pelo Espírito de Deus. Para a fé funcionar, devemos estar dispostos a entrar em ação. Deus tem uma grande colheita, mas poucos trabalhadores. O Senhor da seara está à procura de pessoas que estão dispostas a testar a sua fé por sair para o campo e trabalhar com Ele. E não nos esqueçamos: A religião pura e imaculada é a fé que se mostra através de nossas práticas e obras, pois fé é um encontro com Jesus Cristo, com Deus, e dali nasce e leva ao testemunho. É isso que o Apóstolo quer dizer: uma fé sem obras, que não envolva, que não leve ao testemunho, não é fé. São palavras e nada mais que palavras.


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